Todos os anos sai um filme de Woody Allen. Já é uma tradição como o Natal. Apesar de chegar a Portugal sempre com uns meses de atraso, o importante é que ainda vai chegando. No caso de «Tudo Pode Dar Certo» é um regresso do realizador à sua cidade de sempre: Nova Iorque. Depois das suas andanças por Londres e Barcelona Woody Allen regressa ao seu habitat natural e regressa também às grandes comédias que nos habituou no início de carreira.
Só faltava a presença do próprio realizador a desempenhar o papel principal, um físico em tempos nomeado para o Nobel, mas Larry David não lhe fica atrás pois o seu Boris está genial. E há muito tempo que não me ria tanto numa sala de cinema. Cada vez que Boris abre a boca alguém vai sofrer: seja a rapariga que fugiu de cada e lhe aparece em casa, sejam os miúdos a quem ensina a jogar xadrez ou até mesmo os amigos.
Há que realçar que Boris tem um certo ódio de estimação com a Humanidade. Para ele todos os pais deviam enviar os filhos para um campo de concentração pelo menos duas semanas por ano para que eles soubessem o que era a humanidade. Este é só um exemplo das opiniões de Boris, que é tal e qual as personagens interpretadas por Woody Allen há uns anos atrás, com as suas peculiares manias.
E também não faltam grandes personagens a este «Tudo Pode Dar Certo», uma das quais é Patricia Clarkson, que está muito bem como a mãe de Melody (Evan Rachel Wood), a rapariga que vai viver com Boris vinda directamente do Sul dos EUA. Além do regresso a Nova Iorque, que uma vez mais é filmada de uma forma sublime, podemos também contar com o regresso do jazz à banda sonora. No fundo este é mais um filme de Woody Allen vintage, que infelizmente não teve grande reconhecimento. O que até se compreende pelo feitio de Boris.
Nota: 5/5
Site oficial do filme
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Tudo Pode Dar Certo, de Woody Allen (2009)
Etiquetas:
Crítica,
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