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Em «O Artista» Michel Hazanavicius leva-nos ao final dos anos 1920 para contar a história de George Valentin (Jean Dujardin), um galã do período do mundo cuja popularidade é ameaçada pela chegada do som à Sétima Arte. O que é visto por muitos como o futuro do Cinema, para George não é mais do que um falhanço, pois acredita que as pessoas vão ao cinema para ver os actores como ele e não para os ouvir falar. Em paralelo, o filme acompanha a ascensão de Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma jovem mulher que começa como figurante num filme de George, empurrada pelo próprio, e acaba por se tornar uma das maiores estrelas do sonoro.
Além de uma história pouco original, «O Artista» falha em vários aspectos. Tem alguns bons pormenores, sobretudo a nível da banda sonora, mas pouco mais. Não servirá para trazer novos públicos para o mudo (e seria esse o objectivo do filme?), nem irá provocar um certo sentimento de nostalgia junto dos fãs deste período do cinema, pois não passa da rama.
Com muitas mais limitações os realizadores da altura fizeram um trabalho muito melhor, os exemplos de grandes filmes mudos são mais que muitos. E sobre este tema um senhor chamado Billy Wilder já tinha feito em 1950 uma das grandes obras-primas do cinema («O Crepúsculo dos Deuses»), que basta para remeter «O Artista» para não mais do que uma nota de rodapé na História do Cinema. Mesmo que, como não será de estranhar, venha a receber uma mão cheia de estatuetas douradas na próxima cerimónia dos Óscares.
Nota: 2/5
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