«Eterno Solteirão» sofre de um mal, que apesar de não ter nada a ver com cinema, bastante comum nas traduções dos títulos em Portugal. Quem olhar para o título dado pela distribuidora ao filme, que no original é «Solitary Man» (homem solitário, em português), pensa que estamos perante mais uma comédia romântica e o espectador corre o risco de se afastar, não sabendo ao que vai. Mas este filme de Brian Koppelman e David Levien tem muito pouco de comédia.
É antes um drama sobre um antigo vendedor de automóveis, que chegou a ter um bom momento profissional, a quem o médico diz que não tinha gostado de algo que descobriu no seu coração. Mas em vez de fazer os exames, para saber realmente o que se passa, Ben Kalmen (Michael Douglas) opta por esquecer o que se passou naquela consulta de rotina e começa a fazer o que lhe vai na cabeça, desde engatar mulheres a torto e a direito a destruir o negócio que lhe deu uma posição de topo.
Não estamos perante um grande filme, mas é um filme que se vê bem. O próprio final está muito bem conseguido, pois a dupla de realizadores conseguiu escapar ao facilitismo de dar uma resposta ao dilema que se apresenta a Ben Kalmen.
Michael Douglas carrega o filme às costas, pois este é um daqueles filmes que praticamente só a personagem principal conta, pois está presente em todas as cenas. E fá-lo bastante bem, a provar que ainda consegue ser um grande actor. Destaque ainda para a presença de um bom naipe de secundários, onde despontam Danny DeVito ou Susan Sarandon. Um bom aperitivo enquanto esperamos pela estreia da sequela de «Wall Street».
Nota: 3/5
Site oficial do filme
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Eterno Solteirão, de Brian Koppelman e David Levien (2009)
Etiquetas:
Brian Koppelman,
Crítica,
Danny DeVito,
David Levien,
Michael Douglas,
Susan Sarandon
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