sábado, 4 de junho de 2011

Kalidor: A Lenda do Talismã, de Richard Fleischer (1985)

Em primeiro lugar, e antes de começar o texto, uma dúvida: porque carga de água é que um filme com o título original de «Red Sonja», o nome da personagem principal, tem como título em português «Kalidor: A Lenda do Talismã»? Sendo que Kalidor é uma personagem secundária da trama, não faz muito sentido, mas as traduções dos títulos para português sempre me intrigaram. Esta é só mais uma.

A razão deve ser o facto de o tal Kalidor ser interpretado por Arnold Schwarzenneger, que em 1985 estava a dar os primeiros passos como uma das maiores lendas de acção da década, pois já tinha no currículo dois Conans e o primeiro Exterminador Implacável e no mesmo ano chegou o mítico «Comando». E Kalidor bem podia ser um primo afastado de Conan, encarregue de ajudar a heroína Red Sonja, em português Sónia de Fogo, interpretada por Brigitte Nielsen, naquele que seria o seu primeiro papel no cinema. Aqui está irreconhecível, pois tem o cabelo ruivo e não loiro, como o conhecemos.

«Kalidor: A Lenda do Talismã» segue as aventuras de Red Sonja para vingar a morte da sua família às mãos da malvada Rainha Greden (Sandahl Bergman). De realçar que a vilã também foi uma das responsáveis pela morte da irmã de Sonja, quando roubou um estranho talismã que tem poderes para destruir o mundo. Para a ajudar na missão de vingança e para salvar o mundo, Red Sonja conta com a ajuda de Kalidor, do pequeno Príncipe Tarn (Ernie Reyes Jr.) e do seu ajudante Falkon (Paul Smith).

Para quem gosta do cinema como arte, este filme é de evitar, sobretudo porque a dupla protagonista não é das melhores. O sotaque não ajuda muito. Mas para quem gosta de ver filmes e não se importa de ver filmes que sabe há partida que não são grande coisa, apenas por curiosidade, «Kalidor: A Lenda do Talismã» acaba por ser uma agradável surpresa. É um bom filme de aventuras dos anos 1980, com todos os ingredientes no sítio, desde que não seja levado muito a sério. A banda sonora assinada por Ennio Morricone é muito boa, com todos os elementos conhecidos da sua obra, e os próprios efeitos especiais estão bem conseguidos, se tivermos em conta o ano em que foi feito. Em suma, este é um filme para ver sem preconceitos. E para quem ficar fã, está prevista a estreia de um remake de «Red Sonja». Tendo em conta a qualidade média dos remakes, é de ter medo.

Nota: 4/5

Site do filme no IMDB

2 comentários:

  1. Acho que vi este há muitos anos, mas sempre quero ver o que vai sair do remake, agora que parece que mudaram a protagonista...

    ResponderEliminar
  2. Eu gravei-o há alguns meses atrás no Hollywood e só o consegui ver agora. Não conhecia de todo, mas é o típico filme de aventuras dos anos 1980 e adorei, desde que não seja para levar muito a sério. Do remake não espero grande coisa, mas às vezes quando as expectativas estão em baixo é quando o resultado é melhor. É esperar para ver.

    Abraço

    ResponderEliminar