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O argumento centra-se na visita de Charlotte (Ingrid Bergman) a casa da sua filha Eva (Liv Ullmann), depois da morte de um dos seus amantes. Mas aquilo que parecia ser um regresso a casa depois de muitos anos, inicialmente com toda a gente bem disposta, cedo se torna um regresso odioso. Isso nota-se logo numa primeira sequência, quando Eva diz à mãe que a sua irmã doente também está a viver com ela, notícia que não é bem recebida por Charlotte. Mais tarde ao mesmo tempo que Eva tem um curioso diálogo com o marido sobre a sua mãe Charlotte, no andar de cima esta tem um monólogo que uma vez mais dá a ver a natureza da sua personagem. Tudo explode a meio da noite, quando mãe e filha, sobretudo esta, desabafam sobre fantasmas do passado.
Apesar de não ser um dos mais conhecidos filmes de Ingmar Bergman, «Sonata de Outono» não deixa de ser um grande filme. A presença de Ingrid Bergman, e que excelente presença, é apenas um brinde para os fãs do cineasta, que têm aqui todos os ingredientes da sua obra: desde as relações destroçadas a fantasmas do passado, passando por excelentes interpretações e personagens bastante vincadas no seu modo de ver as coisas, nada falta. E o confronto entre Ingrid e Liv não podia ser uma grande despedida na carreira da primeira, que apenas iria regressar num derradeiro papel num filme para televisão em 1982, onde interpretou o papel de Golda Meir.
Nota: 4/5
Site do filme no IMDB
Grande filme. Bela interpretação de Ingrid.
ResponderEliminarBacana o seu blog.
Abraços.
O Falcão Maltês