Os convidados desta semana são dois actores que ainda hoje, apesar de alguns papéis menos dignos da sua faceta de mito, continuam a ser duas grandes figuras do Cinema. Apesar de se terem estreado nos anos 1960, foi a partir da década seguinte que começaram a dar cartas.
De um lado Robert De Niro, que foi durante muitos anos o actor fétiche de Martin Scorcese, tendo representado para o nova-iorquino as personagens de Johnny Boy («Os Cavaleiros do Asfalto»), Travis Bickle («Taxi Driver»), Jimmy Doyle («New York, New York»), Jake La Motta («Touro Enraivecido»), Rupert Pupkin («O Rei da Comédia»), James 'Jimmy' Conway («Tudo Bons Rapazes»), Max Cady («O Cabo do Medo») e Sam 'Ace' Rothstein («Casino»). Além destes papéis, destacou-se também em inúmeras outras obras, como «1900», de Bernardo Bertolucci, «O Padrinho II», de Francis Ford Coppola, ou «O Caçador», de Michael Cimino, entre outras. Durante a primeira década deste século continuou presente nos grandes ecrãs, mas com poucas personagens tão míticas como as que nos apresentou nas décadas anteriores.
Do outro lado Al Pacino, que também teve o seu período de ouro durante as últimas décadas do século XX, com a participação na saga «O Padrinho» e a interpretação de um outro gangster famoso: Tony Montana, no filme «A Força do Poder», de Brian De Palma. Além destes dois papelões, Al Pacino ascendeu ao estatuto de lenda pelas suas interpretações em «Serpico» e «Um Dia de Cão», de Sidney Lumet, «Perseguido Pelo Passado», também de Brian De Palma, ou «Heat - Cidade sob pressão», de Michael Mann. Nos filmes menores onde participou, conseguiu sempre sobressair, como no caso de «Perfume de Mulher», quando venceu o único Óscar até à data.
Apesar de serem dois dos grandes actores da geração de 1970/1980, por incrível que pareça os dois apenas contracenaram juntos em dois filmes: «Heat - Cidade sob Pressão» e em «A Dupla Face da Lei», de Jon Avnet. Os dois participaram no segundo episódio episódio de «O Padrinho», mas nunca contracenaram juntos.
Apresentações feitas, chega o momento da verdade. Com qual destes dois cavalheiros gostariam de tomar um copo? E porquê? E já agora, que copo acham que os senhores gostariam de beber.
A minha resposta é: Al Pacino. Apesar de apreciar o trabalho dos dois, opto por escolher o que tem um trabalho mais irregular e cuja presença no grande ecrã é menor do que o outro. Convidava-o para beber um copo de vinho tinto e perguntava-lhe qual foi o realizador com quem mais gostou de trabalhar.
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