sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Hospício, de John Carpenter (2010)

Dez anos depois de «Fantasmas de Marte» chega às salas de Cinema um novo filme de John Carpenter. Sem contar com os dois telefilmes realizados para a série «Masters of Horror» («Cigarrette Burns» e «Pro-Life»), este longo interregno marca o regresso de um dos grandes mestres do cinema norte-americano. E que regresso! Apesar de chegar às salas com um ano de atraso, «O Hospício» é também o regresso de John Carpenter aos seus bons tempos de grande Cinema de terror, mostrando a muitos que não é preciso sangue a rodos nem cenas que chocam para fazer um bom filme dentro do género.

Em «O Hospício» Carpenter conta-nos a história de Kristen (Amber Heard), uma jovem que nos idos anos 1960 está a ser procurada pelas autoridades e é encontrada depois de incendiar uma casa. Depois de apanhada pela polícia Kristen é enviada para um hospital psiquiátrico e remetida para uma ala onde se encontram também internadas outras quatro raparigas. Estas escondem um segredo relativamente a uma anterior paciente e a pouco e pouco as cinco jovens começam a ser perseguidas e mortas por uma estranha criatura à solta no hospital.

Com este filme John Carpenter consegue juntar o melhor de dois tipos de filmes de terror: o terror mais visual e forte, que encontramos sobretudo nas cenas da morte das raparigas, e um terror psicológico, fruto da situação em que se encontra Kristen, um hospício onde os médicos recorrem a métodos pouco ortodoxos para curar os pacientes. Sem nunca cair no facilitismo de abusar no sangue nas cenas de tortura mais visual, algo que é muito comum nos filmes de terror actuais, Carpenter alterna com mestria entre os dois ambientes, com uma banda sonora que nos remete para os filmes mais clássicos do género e com algumas sequências que nos fazem dar saltos na cadeira. E o resultado é um dos melhores filmes deste pobre ano cinematográfico, quando se fala em estreias. Talvez pudesse acabar um pouco mais cedo (não vou revelar como para não estragar a surpresa), mas o twist final também não ficou mal. Bem-vindo de volta, Senhor Carpenter, já sentíamos a sua falta.

Nota:4/5

Site oficial do filme

2 comentários:

  1. Eu gostei bastante. Curiosamente tenho lido críticas boas e críticas más, mas acho que este é mesmo um grande regresso de Carpenter.

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