«Na Grande Cidade» é uma comédia com um ligeiro sabor a coisa séria, algo que não era muito comum nos anos 1930. Esta é a história de um taxista de Nova Iorque (Spencer Tracy) e da sua esposa (Luise Rainer) que se vêem no meio de uma guerra entre grupos de taxistas rivais: uns trabalham para uma empresa e os outros por conta própria, daí serem chamados de independentes.
Para tentar afastar os independentes das ruas nova-iorquinas o patrão da empresa rival opta por truques sujos instigados por dois mafiosos. Esta guerra deveria terminar quando o patrão decide acabar com as lutas entre taxistas, mas os dois mafiosos optam por continuar a guerra à sua maneira. E é com a explosão de uma bomba na garagem da empresa que a esposa de Spencer Tracy, uma imigrante ilegal, se vê a braços com a justiça, pois é a principal suspeita do atentado.
Apesar do tema ser sério, Frank Borzage consegue dar-lhe a volta e filma uma comédia com os principais gags a ficarem a cargo dos companheiros de Spencer Tracy, seja para esconderem a esposa fugitiva, seja para ludibriarem os agentes que os perseguem. No fim acaba tudo à batatada, numa cena genial em que todos entram na luta, incluindo o procurador. Para esta cena o realizador convidou mesmo vários lutadores de boxe da altura, que estão do lado dos independentes. E aqui vemos porrada que nos faz lembrar os filmes de Terence Hill e Bud Spencer. Até um coxo que aplica marrões até ter uma pirâmide de malandros à sua frente.
No final tudo acaba bem, com o casal a ter um filho e mais um gag com os nomes do rapaz, homenageando todos os companheiros do taxista.
Nota: 4/5
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