sábado, 30 de janeiro de 2010

O fim da Miramax aos 30 anos

A mítica produtora criada pelos irmãos Weinstein, Harvey e Bob, que nos deu a ver obras primas como «Cães Danados», «Pulp Fiction» e «Jackie Brown» de Quentin Tarantino, «O Paciente Inglês» e «O Talentoso Mr. Ripley de Anthony Minghella ou «Sexo, Mentiras e Vídeo» de Steven Soderbergh, entre muitas outras, vai fechar portas.

Nascida em 1979 e cujo nome é uma homenagem aos pais dos irmãos Weinstein, o estúdio tinha sido comprado por 70 milhões de dólares em 1993 pela Disney, empresa que optou por encerrá-lo agora. Sempre em querelas com a Disney, os dois irmãos acabaram por sair da Miramax em 2005 para fundar uma nova produtora, a Weinstein Company, que nunca conseguiu grandes resultados financeiros.

Numa entrevista ao site The Wrap o realizador Kevin Smith («Dogma», «Perseguindo Amy»), que ganhou fama com a Miramax, lamentou o final do estúdio ao afirmar que «a Miramax não era só um clube de maus rapazes, era o Olimpo do século XX: atirem-lhe uma lata de Diet Coke e acertamos numa dieta dos dias modernos». O mesmo cineasta reconhece que «por um breve, luminoso momento, foi uma era de mágicos e maravilhas».

O problema agora são os 80 desempregados que o fim da Miramax vai provocar e seis filmes que estavam sob a alçada da produtora, que não se sabe o que vai acontecer, relata o The Wrap. Um desses filmes é uma adaptação de «A Tempestade» de William Shakespeare, a cargo da realizadora Julie Taymor («Across the Universe», «Frida») e o próximo filme de John Madden («A Paixão de Shakespeare»).

A Miramax vai deixar saudades.

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