Baseado num acontecimento verídico, o massacre de um grupo de monges que habita num mosteiro situado numa aldeia argelina durante a Guerra Civil do país, «Dos Deuses e Dos Homens» pode-se considerar mais um filme que foca um tema bastante actual, apesar de a acção ter lugar em 1996. Com esta nova longa metragem Xavier Beauvois foca o conflito de religiões e o papel que estas têm na sociedade.
Este podia bem ser um filme para provocar uma reflexão sobre um tema complexo e penso que é o único objectivo que consegue atingir, de espaços a espaços, se tivermos um bocado de paciência. O problema de «Dos Deuses e Dos Homens» é que acaba por se tornar um pouco maçudo passado pouco tempo. A narrativa custa a desenvolver e parece que Xavier Beauvois não conseguiu dar muito espaço às personagens, deixando-as por ali a vaguear. Ainda mais no caso dos habitantes da aldeia, mesmo notando que há ali uma cumplicidade destes com os monges, há muitos espaços em branco que ficaram por preencher.
«Dos Deuses e Dos Homens» não deixa contudo de ter algumas boas cenas e uma bela fotografia, sobretudo nas cenas em que se retrata os períodos de reflexão do grupo de monges. Fora isso, tudo parece ter-se perdido.
Nota: 2/5
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