
Arthur Ferguson Jones (Edward G. Robinson) é um simples empregado de escritório cumpridor, que chega sempre a horas ao emprego. Até que um dia se atrasa, logo no dia em que o patrão tinha decidido aumentar o seu único funcionário que nunca se tinha atrasado e despedir o primeiro que chegasse fora de horas. Azar dos azares, é precisamente Arthur o feliz contemplado com as duas e o seu chefe não sabe o que fazer. Mais tarde é confundido com 'Killer' Mannion (Edward G. Robinson), um bandido que tinha fugido da prisão. A partir daqui é sempre a descer e não há equivoco que não aconteça a Arthur.
Num estilo muito diferente do que normalmente associamos à cinematografia de John Ford, esta não é contudo uma obra menor na sua carreira. Antes pelo contrário, safa-se bastante bem e consegue arrancar umas boas gargalhadas com os azares de Arthur, que tão depressa escapa de boa, como já está metida noutra desventura. Edward G. Robinson tem uma interpretação excelente, ao protagonizar os dois papéis, e está bem secundado com diversas personagens que dão respostas no momento certo. Desde o delator que está sempre à procura do sítio onde pode levantar a recompensa ao chefe de Arthur que está constantemente a relembrar-lhe que tem trabalho pendente. «Não Se Fala Noutra Coisa» é uma boa oportunidade para ver uma obra de John Ford diferente do habitual.
Nota: 4/5
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