Quando realizou «Il Divo - A Vida Espectacular de Giulio Andreotti» em 2008, um retrato do ex-presidente italiano Giulio Andreotti movido a anfetaminas, o realizador Paolo Sorrentino tornou-se um dos nomes mais conhecidos da cinematografia italiana recente. Mas foi com a sua segunda obra «As Consequências do Amor», realizado quatro anos antes, que começou a cimentar o seu espaço na Sétima Arte. Em comum a ambos os filmes encontramos pelo menos dois aspectos: Toni Servillo como actor principal e um modo de filmar bastante peculiar, com movimentos de câmara que por vezes parecem estranhos mas que se adequam perfeitamente à narrativa e à banda sonora, em tons de electrónica.
Em «As Consequências do Amor» travamos conhecimento com Titta di Girolamo (Toni Servillo), um homem com perto de 50 anos que vive sozinho num hotel situado na Suíça. Homem de poucas palavras e com uma maneira um pouco distante de ver o mundo e de lidar com todos os que o rodeiam, Titta acaba por se apaixonar por Sofia (Olivia Magnani), a empregada do bar do hotel onde vive, e o castelo que pensava ter erigido começa a desmoronar-se. Tal como ele já tinha previsto ao escrever uma nota, num dos momentos onde tenta evitar contacto com Sofia para não se ligar a ela, onde diz para não subestimar as consequências do amor.
É a história deste homem solitário, filmada através da tal forma peculiar de Sorrentino, estilo que será aprofundado mais tarde em «Il Divo...», que faz de «As Consequências do Amor» um filme que mesmo não sendo um dos grandes filmes italianos dos últimos anos, merece uma vista de olhos. Quem gostou do já citado «Il Divo...» vai de certo gostar de ver o início de carreira do realizador e pode contar com mais uma grande interpretação de Toni Servillo.
Nota: 3/5
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