Seis anos depois de «Boa Noite, e Boa Sorte», um dos melhores filmes dos últimos dez anos vindos dos lados de Hollywood, George Clooney volta a realizar um filme político. Infelizmente, o resultado fica bastante longe do título protagonizado por David Strathairn sobre o 'confronto' entre o jornalista Edward R. Murrow e o senador Joseph McCarthy, em plena época da caça às bruxas (comunistas). Mas há alguns pontos de contacto entre os dois: um grande elenco, sobretudo a nível de secundários (Marisa Tomei, Paul Giamatti, Philip Seymour Hoffman ou o próprio Clooney), a temática política e até, apesar de ser um aspecto pouco abordado, um certo olhar sobre os Media.
«Nos Idos de Março» é a história de Stephen Meyers (Ryan Gosling, um dos melhores actores da actualidade, para mim, e que está a atravessar um período de estado de graça), um homem com cerca de 30 anos que é um dos principais responsáveis pela campanha eleitoral do governador Mike Morris (George Clooney), um dos candidatos democratas à Casa Branca. O filme relata um período específico que remonta às primárias do partido realizadas no estado do Ohio, considerado fundamental para as aspirações dos dois candidatos.
Mas não é a campanha em si que está no centro do filme, antes os meandros dessa mesma campanha e os jogos de bastidores, nem sempre muito claros, que acabam por colocar Stephen no olho do furacão: quando surgem várias pequenos incidentes que podem pôr em causa a campanha de Morris ou mesmo a carreira de Stephen, todos se começam a mexer para aproveitar a situação. Uns melhor do que os outros, como sempre, e com mais ou menos escrúpulos. Esta faceta está muito bem representada e talvez «Nos Idos de Março» possa ser visto como um certo olhar desiludido sobre a política norte-americana e os tais jogos de bastidores um pouco obscuros.
Tudo o resto peca por ser pouco explorado. As várias histórias que vão ocorrendo acabam por ser despachadas à velocidade da luz, sobretudo à medida que o filme se vai aproximando do filme, e dois dos principais secundários (Giamatti e Seymour Hoffman) estão um pouco mal aproveitados, quase como que para encher um buraco. Resta uma boa interpretação de Gosling e um ou outro achado, mas não chega para fazer um bom filme.
Nota: 3/5
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Há 17 horas
O filme ainda não chegou por aqui, mas mesmo que não seja tão bom quanto o trabalho anterior de Clooney na direção, o filme desperta minha curiosidade.
ResponderEliminarAbraço
Vale sempre a pena ver, pois acho que o Clooney a realizar se porta razoavelmente bem. Mas este só falha por não aprofundar demasiado a trama.
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Obrigado :)
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