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Encabeçado por um elenco com nomes sonantes (Jeremy Irons, Robert Carlyle, John Malkovich ou Djimon Hounsou), «Eragon» não é tão grandioso como a trilogia de Peter Jackson, mas acaba por ser um filme que até se vê bem. A história é chapa 4: o herói fica sem família e é o escolhido para levar a cabo uma missão onde tem de derrotar uma ameaça do passado na companhia de um grupo de guerreiros e mágicos. O principal defeito do filme, contudo, é a falta de espessura das personagens, pois o argumento de Peter Buchman não nos dá suficiente informação sobre o passado das mesmas. O que, com um elenco destes, é pena. Os actores quase não têm oportunidade de se expandir. Não sei se o objectivo seria aprofundá-las em sequelas, mas estas nunca chegaram a ser feitas e pelos vistos não há planos para o fazer, apesar do sucesso dos livros de Christopher Paolini. O próprio actor principal (Ed Speleers, no seu primeiro papel no cinema) ainda não demonstra muito à vontade neste papel.
Pelo contrário, onde Stefen Fangmeier marca pontos é no campo dos efeitos especiais, que não ficam atrás de outros filmes dentro deste género. O facto de a especialidade do realizador, que tem em «Eragon» o seu filme de estreia na cadeira de realizador, ser originário desta área talvez seja a justificação para que a melhor parte seja mesmo esta. A forma como o dragão interage com as restantes personagens e a batalha final estão muito bem conseguidos. Faltou o resto para que este fosse o primeiro filme de mais uma trilogia de sucesso.
Nota: 3/5
Site do filme no IMDB
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