Com «Formiga Z» a Dreamworks estreou-se em 1998 no campo da animação. E a estreia fica marcada pela presença de um enorme elenco de nomes conhecidos para dar voz às personagens. De Woody Allen na neurótica formiga Z, a personagem principal, a Sylvester Stallone (o melhor amigo de Z, Weaver), passando por Gene Hackman (General Mandible), Anne Banncroft (Queen), Danny Glover (Barbatus), Sharon Stone (Princess Bala) ou Christopher Walken (Colonel Cutter).
Z é a formiga protagonista do filme. Pertencente à classe operária, Z apaixona-se pela Princesa Bala quando esta foge da sua vida de realeza para se divertir num bar. Este encontro de uma noite só acaba por levar a formiga Z a fazer tudo por tudo para voltar a ver a sua paixão. E para tal pede ajuda ao seu amigo Weaver, uma formiga soldado, para trocar de posto por um dia para poder rever Bala. Só que precisamente nesse dia em que Z entra para o exército, o vilão General Mandible resolve partir para a guerra contra as térmitas. Nessa batalha Z acaba por ser a única formiga que sobrevive e começam os equívocos que acabam por levar a um rapto forçado e a uma revolução no mundo da colónia.
«Formiga Z» é mais um exemplo do filme de animação para crianças que tenta piscar o olho a um público mais adulto. De início até consegue, pois a escolha de Woody Allen para dar voz à formiga protagonista com os seus dilemas existenciais, que às tantas parecem mesmo tirados de um filme do nova-iorquino, assenta bem. Mas aos poucos o argumento perde um pouco a chama e acaba por se tornar um pouco confuso e em algumas partes parece que alguém tirou algumas cenas que dariam alguma coerência à história. E a revolução das formigas é demasiado instantânea, se assim se pode dizer, para convencer.
O resultado é um filme fraco, que poderia ter aproveitado melhor o elenco e as vozes que reuniu para arranjar um argumento mais forte. A própria animação digital ainda não estava muito desenvolvida, mas se nos lembrarmos que dois anos antes, em 1996, a Pixar já tinha feito maravilhas com o primeiro «Toy Story», esta espécie de resposta por parte da Dreamworks tinha 'obrigação' de tentar fazer melhor.
Nota: 2/5
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