
À medida que a história se desenrola ficamos a saber que esta francesa é casada com um 'empresário' com ligações perigosas ligadas a África, inclusive com um dos Imortais, assim se chama o grupo. Em paralelo o investigador da Polícia Judiciária Malarranha (Nicolau Breyner) prestes a reformar-se resolve investigar fora do horário de trabalho uma agressão levada a cabo por Roberto Alua e acaba por descobrir o plano do assalto.
«Os Imortais» é um retrato da geração que foi para a Guerra Colonial e a sua inadaptação ao regresso, pois como uma das personagens diz, na guerra têm liberdade e na sociedade não a conseguem alcançar. Não sendo um grande filme, é das melhores obras que tem surgido no panorama nacional nos últimos anos. Pena o final ser um pouco fraco demais, a cena em que a filha de Malarranha fala com o único Imortal que resta, bem podia ter ficado na sala de montagem.
Esse é um dos exemplos de um argumento que podia ser melhor, pois tem algumas falhas, mas as interpretações, com excepção talvez da de Emmanuelle Seigner que parece um pouco metida a martelo e não parece estar muito à vontade no papel, estão bem conseguidas e acabam por salvar a honra do convento. Mesmo o Roberto Alua de Joaquim de Almeida, actor que não é dos meus preferidos, está bem interpretado. Destaque ainda para Nicolau Breyner, que também tem um papel ao seu melhor estilo, e para uma surpresa. Trata-se da prestação de Rui Unas, mais conhecido pela sua carreira de apresentador de televisão, estreou-se neste filme em cinema e é uma estreia em grande, sem falhas, e quiçá o que melhor fica no retrato, sem desprimor pelo restante elenco.
Nota: 3/5
Site do filme no IMDB
Um dos meus filmes portugueses preferidos de sempre! Ainda hoje tenho na cabeça algumas das "quotes" e pérolas ditas por algumas personagens. "Eu faço tudo à mão..."
ResponderEliminarTem algumas cenas boas, essa é uma delas, e a personagem de Nicolau Breyner é de antologia. Mas falta qualquer coisinha para ser melhor.
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