Antes de passar a noite no Motel X tive oportunidade de ver outro filme de terror, mas com uma pitada de ficção científica: «O Último Vampiro», uma das estreias desta semana, realizada e escrita pelos irmãos Spierig. Ao contrário de «F» este não tem nada a ver com os dias de hoje ou com realismo, pois o argumento tem lugar num futuro próximo (2019) onde os vampiros representam a maioria da população mundial e a procura por sangue humano, ou um substituto, é a missão de Edward Dalton (Ethan Hawke), um cientista que trabalha para uma grande empresa dominada por Charles Bromley (Sam Neill).
A missão ganha carácter urgente quando o stock de sangue começa a esgotar-se e os vampiros se começam a tornar canibais, o que resulta em mutações e consequente morte. O que podia ser um bom filme de acção em torno do filão do momento, os vampiros, com pelo menos três bons actores (além de Hawke e Neill, o elenco conta com William Defoe no papel de um vampiro que consegue voltar a ser humano e com uma paixão por grandes carros) perde-se um pouco precisamente pois não se consegue decidir se é um filme de acção ou um filme de terror ou ainda um filme de ficção científica. Podia até servir para, comparando com a possível escassez de petróleo nos próximos tempos ou a excessiva dependência do ouro negro por parte da Humanidade, servir de alerta. Mas nem isso consegue. Acho que nem quem gosta de filmes de vampiros (e esta semana estreou outro, mais a brincar) irá gostar de «O Último Vampiro».
Com tantos filmes bons que vão directos para o vídeo, e «F» (ver crítica anterior) se calhar nem sequer vai ter direito a isso, a continua a fazer-me confusão como é que alguns filmes chegam às salas.
Nota: 2/5
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