Há filmes que vemos sem grandes expectativas e acabam por ser boas surpresas. «O Matador» é um desses casos. Não sendo um grande filme, antes uma obra razoável, nada de especial mas que conta com uma boa prestação de Pierce Brosnan, a qual lhe valeu uma nomeação para os Globos de Ouro. Realizado em 2005, dois anos depois de deixar de ser James Bond e ainda na ressaca do espião mais conhecido de Sua Majestade, o actor irlandês interpreta Julian Noble, um assassino por contrato longe dos seus melhores dias e que começa a falhar as suas missões.
Nessa altura, quando está no bar a afogar as mágoas, cruza-se na Cidade do México com um empresário azarado (Greg Kinnear) que está na capital mexicana para fechar um negócio que irá mudar a sua carreira para melhor. É esta dupla que toma conta do filme, apesar de «O Matador» se centrar sobretudo na personagem de Pierce Brosnan. Como referi antes, não é um grande filme, mas a interpretação de Brosnan está muito boa e acaba por valer a pena a hora e meia de duração do filme.
Realizado por Richard Shepard, que tem uma carreira de certa forma irregular iniciada em 1990, mas que passou na maior parte pelo circuito de vídeo ou por séries de televisão. «O Matador» talvez seja mesmo a sua obra mais conhecida. Destaque ainda para uma montagem bem feita, sem grandes sobressaltos, o que poderia acontecer dado a 'profissão' de Julian Noble. Mesmo nas suas constantes viagens, o realizador optou por um método bastante eficaz de apresentar o essencial sem se perder em pormenores desnecessário.
Nota: 3/5
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