domingo, 29 de novembro de 2009

2012, de Roland Emmerich (2009)

O alemão Roland Emmerich gosta de destruir o mundo. Tudo começou em 1996 com «Dia da Independência», um dos primeiros filmes com Will Smith no papel principal. Nesse filme o planeta Terra era invadido por extra-terrestres que destruíram tudo por onde passavam, com a ajuda de umas gigantescas naves espaciais que lançavam uns raios azuis. Em 2004 foi a vez de aproveitar as alterações climáticas para realizar «O Dia Depois de Amanhã» e uma vez mais o mundo sofreu às mãos de Roland Emmerich.

Para 2009 o pretexto é uma profecia da civilização Maia que nos diz que em 2012 uma conjugação celestial vai alinhar os planetas do sistema solar e destruir o planeta, tal como o conhecemos. «2012» é precisamente o nome do mais recente filme do alemão e uma vez mais não podemos esperar mais do que uma sessão de puro entretenimento.

Mas infelizmente não encontramos nestas duas horas e meio mais do que bons efeitos especiais que vão desde rachas a abrirem a Califórnia em milhares de pedaços passando pela destruição da Casa Branca por um porta-aviões ou um tsunami de proporções bíblicas a chegar ao Evereste. Já para não falar da sequência do Bentley a andar na neve. Os exemplos são tantos que o melhor é ver para crer.

O argumento de «2012» é muito pobrezinho, um dos heróis principais não convence (John Cusack no papel de um escritor falhado que tenta levar a família para as arcas que irão salvar os sobreviventes deste fim do mundo) e o facto de não se chegar a perceber bem o que aconteceu e como se resolveu também não ajuda.

No meio desta destruição, há duas personagens que ficam bem na fotografia: um maluquinho das conspirações que só podia ser norte-americano, interpretado por Woody Harrelson, e Danny Glover que encarna o papel de presidente dos EUA, numa figura bastante decalcada de Barack Obama. Tirando o facto de ser negro, este presidente é bastante solidário e prefere estar junto do povo a tentar ajudar quem está a sofrer do que seguir com a sua administração para se salvar.

Felizmente que não cabe a Roland Emmerich decidir o futuro da Humanidade, pois se tal acontecesse estávamos tramados. Como filme, não convence.

Nota: 2/5

Site oficial do filme

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