«Clayton, o Cavaleiro da Noite» foi uma aventura europeia de Monte Hellman, pelos territórios do Western Spaghetti, numa co-produção italo-espanhola de 1978. E uma vez mais o realizador de «Cockfighter» espalha-se ao comprido. Tirando algumas honrosas excepções, nomeadamente a obra de Sergio Leone, os westerns filmados em território europeu não vão ficar para história como obras de qualidade.
Este é também o caso de «Clayton, o Cavaleiro da Noite». Só o nome em português já nos faz dar umas boas gargalhadas. O Clayton (Fabio Testi) que dá o nome ao título é um condenado à forca a quem é dada uma segunda oportunidade. Para se livrar da morte certa, os proprietários dos caminhos de ferro pagam-lhe 1500 dólares e dão-lhe liberdade se ele matar um agricultor (Warren Oates, uma vez mais), que no passado tinha sido um pistoleiro às ordens dos caminhos de ferro.
O problema é que quando Clayton chega a casa do seu alvo, acaba por se tornar amigo dele e apaixona-se pela mulher, não cumprindo o seu objectivo, deixando-os livres. Mas assim que o agricultor descobre que foi traído o filme dá uma reviravolta e começa a perseguição de Clayton que só termina num final feliz em que apenas estas três personagens acabam vivas.
Pelo meio temos um Clayton, interpretado por um actor com um bom historial neste género, que tem um sotaque italiano carregadíssimo, duelos em que paus de dinamite furam cortinados deixando lá a marca perfeita, cenas de amor de um erotismo de bradar aos céus e até um cameo de Sam Peckinpah. Conclusão: «Clayton, o Cavaleiro da Noite» é daqueles filmes tão maus, tão maus, que acabamos por gostar um bocadinho deles. Quanto mais não seja para podermos dizer: eu vi um western spaghetti de boas intenções...e gostei.
Nota: 3/5
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Clayton, O Cavaleiro da Noite, de Monte Hellman (1978)
Etiquetas:
Crítica,
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