Arrancou ontem a terceira edição do Estoril Film Festival, um festival de cinema criado por Paulo Branco, que quer com o certame fazer uma espécie de Cannes em Portugal.
Se o conseguirá ou não, só o tempo o dirá. Mas pelo menos esforça-se para o conseguir. Com uma competição oficial virada para o cinema europeu, este ano vão passar pelo Estoril 12 filmes, incluindo o mais recente de João Mário Grilo: Duas Mulheres.
Contudo o principal atractivo estará nas secções paralelas. A começar pela Selecção Oficial fora de Competição, por onde vão passar os novos filmes de Francis Ford Coppola (Tetro), Wes Anderson (a estrear-se na animação com Fantastic Mr. Fox), Lars Von Trier (o polémico Antichrist), Jane Campion (Bright Star), Fernando Lopes (Os Sorrisos do Destino) ou Michael Haneke (com a sua Palma de Ouro The White Ribbon).
Destaque também para dois grandes nomes do cinema mundial que serão homenageados no Estoril: o realizador canadiano David Cronenberg, que será alvo de uma retrospectiva bastante completa da sua carreira, e a actriz francesa Juliette Binoche, que também está presente numa exposição de pinturas, poemas e retratos da sua autoria.
No campo musical há três boas surpresas: uma sessão de videoclips realizados por David Fincher, realizador de Seven ou Zodiac, a projecção de Renaldo and Clara, um filme realizado pela lenda da música que dá pelo nome de Bob Dylan, e a passagem de True Stories, única obra cinematográfica de David Byrne, antigo membro dos nova-iorquinos Talking Heads, que será membro do júri deste ano.
Para os que gostam do cinema mais alternativo, há que estar atento a uma retrospectiva de Robert Frank, fotógrafo e cineasta ligado à Beat Generation. Também para este público, o festival abre espaço a dois realizadores pouco conhecidos e com uma obra mais reduzida: o basco Victor Erice e o italiano Franco Piavoli.
Por fim, na secção O Cinema e a sua História, podemos assistir a uma cópia restaurada do filme Lola Montès, o último filme realizado por Max Ophuls, a um conjunto de documentários filmados durante a Guerra Civil Espanhola e um filme realizado por André Malraux.
Tudo isto são boas razões para ir ao Estoril, que não é Cannes, mas pode um dia vir a ser. Ainda é cedo para ver se Paulo Branco conseguirá cumprir o seu sonho ou não. Certo é que os primeiros passos nesse sentido já estão a ser dados. Agora é esperar para ver.
Mais informações no site oficial.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Estoril Film Festival 2009
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Antes de mais,
ResponderEliminarbem-vindo à blogosfera! :)
Fez-me lembrar dos velhinhos cinemas de Lisboa, entretanto já de portas fechadas à sétima arte: o Mundial, o Quarteto, o Condes... Era assídua frequentadora dos dois primeiros...
*bons ventos
Obrigado.
ResponderEliminarPara ser sincero esta não é a minha estreia na blogosfera. Já tinha tentado noutras alturas, mas desisti sempre. Mas como acredito que devemos sempre ir atrás daquilo que gostamos, desta vez quero ver se mantenho este blogue.
Seja também bem-vinda ao meu humilde blogue.