Sem sombra de dúvida que os grandes musicais foram feitos em Hollywood, sobretudo durante a década de 1930. Mas este não foi um género exclusivo do cinema norte-americano. No início dessa mesma década a Alemanha, antes da chegada de Adolf Hitler ao poder, também produziu alguns filmes musicais. «Os Três da Estação de Serviço», de Wilhelm Thiele, é um desses exemplos.
O filme é definido como uma opereta e conta a história de três amigos que vivem sozinhos e de repente ficam sem dinheiro. Para tentar recuperar as finanças resolvem abrir uma estação de serviço, depois de venderem o carro, o único bem que lhes restou. Assim que abrem a estação de serviço, onde trabalham por turnos, acabam por travar conhecimento com uma jovem e todos se apaixonam, à vez, pela cliente, sem que cada um saiba que ela é a paixão dos outros. Um dos problemas de trabalhar por turnos.
Sem querer tirar o mérito ao filme, «Os Três da Estação de Serviço» acaba por ser um pouco ingénuo. Os três amigos parecem um bocado tontos e a relação entre os três nunca é bem explícita. Mas acaba por ter alguns grandes achados. A começar na cena do 'despejo', quando os móveis não são transportados pelos homens das mudanças, mas literalmente voam, num efeito que nos faz lembrar que o cinema sempre foi (e continua a ser) mágico. Há ainda outra cena muito bem conseguida, desta vez com recurso a uma montagem em paralelo. Trata-se na sequência da luta entre os três amigos, quando vemos os três a lutar entre si e ao mesmo tempo os clientes batem à porta da estação de serviço onde ninguém os atende. O recurso aos sons dos carros durante alguns dos segmentos musicais também foi muito bem aproveitado.
Nota: 4/5
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