sábado, 12 de março de 2011

A Última Legião, de Doug Lefler (2007)

Apesar de ter um longo historial na área dos departamentos artísticos de alguns filmes, desenhando storyboards para várias obras, incluindo alguns filmes de Sam Raimi, e ter dirigido episódios de algumas séries de televisão foi só em 2007 que Doug Lefler se estreou no cinema. E desde então a sua ligação à Sétima Arte tem escasseado, pois uma visita ao seu site pessoal (bastante recomendável, diga-se de passagem, sobretudo para quem gosta de BD) faz-nos supor que regressou aos desenhos. E se calhar foi o melhor que poderia ter feito, pois «A Última Legião» não deixa grandes marcas.

Baseado num romance histórico o filme conta a história do jovem Rómulo (Thomas Brodie-Sangster), o último na linha de descendência dos Césares de Roma, que está em perigo de vida quando os Godos invadem Roma para destronar o poder do império. Entretanto é chamado da Britânia o comandante Aurélio (Colin Firth) para o proteger, mas isso não impede que Odoacer (Peter Mullan), o líder dos bárbaros, consiga raptar o jovem. Com a ajuda dos seus companheiros de armas Aurélio parte para salvar o jovem e mais tarde com o tutor do jovem, o mago Ambrosinus (Ben Kingsley), partem para a Britânia, onde estará a tal última legião que dá nome ao filme.

Apesar de ter pelo menos dois bons actores, como Colin Firth e Ben Kingsley, «A Última Legião» nunca consegue sair da mediania. As cenas de luta não estão nada de especial, o mesmo se pode dizer quando se fala das batalhas travadas, o que neste tipo de filmes costuma ser uma mais valia. Uma das principais falhas é a montagem, que está demasiado rápida e por vezes parece que quem a fez não estava a pensar bem no assunto. E Colin Firth, um actor que admiro bastante, nomeadamente quando interpreta papéis mais sérios (basta pensar em dois dos seus últimos dois filmes, «O Discurso do Rei» ou «Um Homem Singular»), não está talhado para ser herói de acção. A cena do discurso antes da batalha final é prova disso. Por fim, a própria história, quando acaba por meter a lenda de Merlin e da espada Excalibur ao barulho, dá a sensação que o realizador (ou o argumentista) foi um bocadinho longe demais.

Pequena nota: apenas vi o trailer do filme agora, depois de visionar o filme. Agora compreendo um bocado melhor a alusão à lenda do Rei Artur. Mas continuo a pensar que é demasiado rebuscado juntar romanos e esta história.

Nota: 2/5

Site do filme no IMDB

2 comentários:

  1. Este filme foi produzido junto com uma leva do gênero ("Alexandre", "Cruzada", "Rei Arthur") e acabou sendo o primo pobre.

    Ainda não conferi, mas tenho curiosidade principalmente pelo elenco britânico.

    Até mais

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  2. Desconhecia. Apanheio-o na TV por acaso quando estava a começar e fiquei um bocado desiludido, pois até tinha um bom elenco.

    Cumprimentos

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