
Condensar as centenas de páginas que têm os dois volumes da obra de Cervantes não é pêra doce. Um dos primeiros a tentá-lo foi o alemão Georg Wilhelm Pabst em 1933 e com relativo sucesso, atendendo à dificuldade do projecto, pois são inúmeros os episódios que Dom Quixote nos conta.
Em termos muito gerais, o livro conta a história de um velho meio senil que gosta de romances de cavalaria. A sua paixão por este género literário leva-o a querer tornar-se um cavaleiro andante e parte estrada fora, com o seu 'escudeiro' Sancho Pança, a quem promete alguns dos domínios conquistados.
Como não podia deixar de ser, em pouco menos de hora e meia o filme não consegue retratar tudo o que se passa no livro de Cervantes. Mas mesmo condensada, a história proposta por Pabst é bastante coesa e são relatados alguns episódios que dão bastante coesão à narrativa, entre os quais o dos famosos moinhos de vento. E ainda houve tempo para algumas canções cantadas a meio do filme, aproveitando o facto de o papel de Dom Quixote ter sido interpretado por Feodor Chaliapin Sr., um cantor de ópera russo muito famoso à época.
Nota: 3/5 (a nota podia ser melhor, pois a cópia exibida na Cinemateca era do tempo da censura e como era apanágio da altura, muitas das legendas ficaram de fora. E o facto de ter passado a versão francesa do filme - também existe uma versão em inglês do mesmo filme e é essa que se pode ver no vídeo em baixo -, língua que não domino muito bem, acabou por afectar a compreensão de alguns diálogos. Mas como conhecia a história, tornou-se mais fácil de acompanhar a narrativa)
Site do filme no IMDB
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