Depois da magnífica estreia em «Control», a nova longa metragem de Anton Corbijn era bastante aguardada por estes lados. Protagonizado por George Clooney «O Americano» pouco tem a ver com o anterior filme do fotógrafo e realizador holandês, tirando o facto de se centrar numa personagem de certo modo confusa e solitária. Enquanto «Control» se debruçava sobre a vida de Ian Curtis, vocalista dos Joy Division, filmado a preto e branco, «O Americano» foi filmado a cores e conta a história de um assassino profissional que participa numa última missão ao mesmo tempo que procura descobrir quem o está a tentar matar.
Com uma bela fotografia, que capta muito bem os ambientes de neve na Suécia (no início do filme) e as paisagens montanhosas de Itália, «O Americano» peca por ter um argumento que não arrisca ir mais longe e é demasiado previsível. George Clooney tem uma interpretação em piloto automático que podia ter sido trabalhada de outra forma, pois a sua personagem é bastante complexa para se ficar pela base. Quase que se pode dizer que o filme fica agarrado a muitos clichés do género. Uma personagem solitária, que é atraiçoada e começa a desconfiar de tudo e de todos, mesmo dos que lhe são mais próximos. Apesar da história ser boa, «O Americano» merecia mais espessura. E o plano final é praticamente uma repetição do de «Control», com as devidas diferenças. Esperemos que a próxima aventura de Corbijn atrás das câmaras seja melhor.
Nota: 3/5
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