sábado, 25 de dezembro de 2010

O Conde de Monte Cristo, de Kevin Reynolds (2002)

Os grandes clássicos da Literatura e o Cinema sempre andaram de mãos dadas, com bons ou maus resultados. Daí não seja de estranhar que «O Conde de Monte Cristo», de Alexandre Dumas, tenha já sido alvo de um punhado de adaptações, a última das quais realizada em 2002 por Kevin Reynolds, o realizador de «Robin Hood - Príncipe dos Ladrões» ou «Waterworld». Mas o resultado final não faz justiça à obra do escritor francês.

O conde de Monte Cristo que dá nome ao livro é Edmond Dantes (Jim Caviezel), um marinheiro prestes a casar com a bela Mercedès Iguanada (Dagmara Dominczyk), paixão do seu melhor amigo Fernand Mondego (Guy Pierce), que passa a capitão do seu navio depois de uma decisão que envolve a tentativa de salvar o antigo responsável da embarcação. Esta promoção e o noivado colocam Edmond Dantes na linha de fogo de Fernand e do homem que deveria ter ocupado o lugar de capitão do navio. Enviado para a prisão, Dantes trava conhecimento com o Abade Faria (Richard Harris) que lhe ensina vários conhecimentos e conta a história do conde de Monte Cristo e o seu tesouro procurado por muitos mas nunca encontrado. Depois de escapar da ilha-prisão Edmond Dantes regressa a França para se vingar dos inimigos.

A história é boa, um bom romance com intrigas q.b., muito ao gosto dos fãs das obras de Dumas da vertente capa e espada, como os famosos «Três Mosqueteiros». Mas nas mãos de Kevin Reynolds, o resultado é desastroso, apesar de começar bem. Logo na primeira cena, quando se dá um desembarque dos protagonistas na ilha de Elba, onde buscam ajuda para salvar a vida do capitão do navio onde se encontram, os combates estão bem filmados. Mas a partir daí tudo muda e corre mal, porque Reynolds resolve utilizar imensos planos por cena, os mais estranhos possíveis, o que perturba a concentração.

A própria interpretação dos actores não é das melhores, a maior parte do elenco parece que está a fazer um frete por estar ali e parece que ficaram muito colados a clichés (Cazievel parece o coitadinho, Pierce o vilão de nariz empinado e Dagmara Dominczyk a sonsinha que não sabe o que se passa, mas no final acaba por saber mais do que os outros todos), o que retira alguma força à história. Não é de estranhar com este (e outros) exemplos, que a carreira de Kevin Reynolds seja tão irregular.

Nota: 2/5

Site do filme no IMDB

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