
«Amistad» não é um dos melhores filmes de Spielberg. É demasiado longo o que acaba por se tornar um pouco chato em certas partes. É um bom filme de época bem feito, com alguns pozinhos de filme de tribunal, mas nas cenas em que podia ser mais forte, não passa no teste. Sobretudo naqueles discursos que podiam ser mais empolgantes. Um dos problemas, na minha opinião, prende-se com a escolha do actor principal (Matthew McConaughey), que nunca consegue estar à altura do papel que lhe coube: o advogado de defesa dos escravos. O mesmo acontece com os papéis secundários, que nunca são muito explorados. Mas por um lado, ainda bem, pois se o fossem o filme duraria bem mais do que as 2 horas e tal que já dura.
Ainda assim, no campo dos secundários, há que realçar a prestação de Anthony Hopkins, que lhe valeria uma nomeação para Melhor Actor Secundário nos Óscares desse ano, e de Djimon Hounsou, que teve neste filme uma das suas primeiras grandes interpretações. Destaque ainda para a excelente banda sonora de John Williams, que apesar de não ser das melhores e mais conhecidas do compositor, está muito bem conseguida, pois consegue como poucas adaptar-se ao filme.
Nota: 3/5
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