
A pressão da mãe controladora (Barbara Hershey), do encenador (Vincent Cassel) que recorre ao imaginário sexual para a ajudar a libertar-se, da antiga bailarina estrela da companhia (uma Winona Ryder como há muito não a tinha visto) que se vê ultrapassada pela idade e de uma estranha colega (Mila Kunis) que chega de fora para se tornar a grande rival de Nina. É sobretudo a relação entre as duas colegas que torna «Cisne Negro» tão perturbador, pois nunca chegamos a perceber se tudo o que se vai passando está mesmo a acontecer ou é fruto da imaginação de Nina.
Darren Aronofsky consegue filmar muito bem as cenas dos bailados e a diferença entre as duas protagonistas: uma sempre de branco (a angélica Nina) e outra sempre vestida de negro (a diabólica Lily). Mas o filme é todo de Natalie Portman, que consegue uma das suas interpretações mais assombrosas de sempre. A personagem de Nina, com as suas alucinações e as pressões de tudo o que a rodeia, vê-se à prova por diversas vezes o que acaba naquele final, muito semelhante ao que o realizador nos tem habituado. Não há heróis nos filmes de Aronofski e Natalie Portman é bem capaz de estar a caminho de vencer a sua primeira estatueta dourada, apesar da concorrência de peso.
Nota: 4/5
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