Se há desporto que está bem representado no cinema norte-americano é o boxe. São inúmeros os filmes que abordam o boxe e o que se passa em torno dos ringues. Volta e meia lá surge mais um e desta vez o 'culpado' foi David O. Russell, que realizou «O Último Round», a história verídica de Micky Ward (Mark Wahlberg), um boxer proveniente da cidade operária de Lowell que tenta uma segunda oportunidade quando já ultrapassou os 30 anos. Mas se o filme se centra na história de Micky, é no que está a sua volta que se passa o melhor de «O Último Round», tal como acontece em muitos filmes de boxe.A começar pela história do seu irmão Dicky Ecklund (Christian Bale), que tinha sido uma promessa do desporto, cujo ponto alto foi uma vitória contra a lenda Sugar Ray Leonard. Só que depois acabou por se tornar viciado em crack e é neste estado que o encontramos, com a HBO a fazer um documentário sobre os efeitos daquela droga. Ao mesmo tempo, e apesar deste estado pouco recomendável, Dicky é o treinador do irmão até que acaba por ser preso. Christian Bale tem aqui uma excelente interpretação, vindo provar que é um dos melhores actores da actualidade, que tanto consegue desempenhar um super-herói (Batman) como um criminoso viciado em crack, completamente lunático. Já para não falar de outros papéis de relevo que tem vindo a protagonizar.
É sobretudo no campo da interpretação e nos dilemas de Micky, que a certa altura tem de escolher entre a família, que sempre o ajudou, e um novo manager e um novo treinador, que «O Último Round» marca pontos. Aliás, as cenas de luta até nem são muitas quando comparadas com outros filmes do género. E talvez só o último combate do filme seja o que tem mais destaque. Mas se Christian Bale está muito bem, o mesmo não se pode dizer de Mark Wahlberg, que por vezes parece não estar à vontade no papel. Já nos secundários, quem está muito bem é Melissa Leo, que interpreta a mãe e gestora da carreira do dois irmãos. Também neste caso pareceu-me que Amy Adams, que faz de namorada de Micky está um pouco deslocada. Por isso é de estranhar a sua nomeação aos Óscares.
Nota: 4/5
Site oficial do filme

Tenho vontande de ver este
ResponderEliminarPodia ter sido bem melhor, deixou muito a desejar, a meu ver ;)
ResponderEliminarGonga, é um bom filme. Só pela prestação do Bale já vale a pena.
ResponderEliminarDiogo, eu até gostei. Só acho que merecia outro protagonista e a própria Amy Adams não está nada por aí além.
Cumprimentos aos dois :)