«Blue Valentine» é a segunda longa-metragem de Derek Cianfrance, que apesar de se ter estreado na cadeira de realizador em 1998, esteve até ao ano passado ligado a curtas e documentários. Esta é a história de um casal na casa dos 30 anos à beira da ruptura, com uma filha pequena para criar. Protagonizado por Ryan Gosling e Michelle Williams, ambos estão muito bem e não se percebe como é que apenas ela está nomeada aos Óscares, o filme retrata o fim da relação e, recorrendo a flashbacks, a forma como o casal se conheceu e como nasceu o amor entre os dois.
O filme é uma bela história dramática com duas personagens bastante fortes, cada uma com as suas características bastante vincadas, que chegaram a um ponto das suas vidas em que não sabem como ultrapassar as dificuldades de uma relação. Ele ainda tenta salvar o casamento, mas ela parece não estar para aí virada. Como referi atrás a interpretação dos dois está muito boa, pois parece que conseguiram transmitir uma boa química para o ecrã, como se aquilo que vemos fosse mesmo um casal a sério.
Mas «Blue Valentine» acaba por não conseguir descolar de um filme banal, sobretudo na maioria das cenas do passado (tirando a cena da dança na rua, que é das cenas de amor mais belas que vi nos últimos tempos). E é precisamente aqui que está uma das falhas do filme. Apesar de Ryan Gosling estar bem caracterizado quando representa a personagem mais nova, Michelle Williams continua praticamente igual, independentemente de ser nova ou mais velha. Parece que só se lembraram de rejuvenescer o actor. Ponto positivo para a banda sonora, assinada pela banda norte-americana Grizzly Bear.
Nota: 3/5
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Há 2 horas
Eu gostei muito do filme, achei a história muito original, ao contrário do que dizes, com cenas particularmente deliciosas (toda a sequência do quarto do hotel é muito boa). E olha que notei um rejuvenescimento na Michelle, está bastante mais magra parece-me, por exemplo ;)
ResponderEliminarDesiludiu-me um bocado, até porque tinha boas referências. Quando referi o rejuvenescimento estava mais a falar na caracterização. A dele está muito bem conseguida e a dela parece sempre a mesma cara. Praticamente só mudam as expressões (o que é normal, pois são situações distintas) e o penteado. Escapou-me o pormenor da magreza :) Mas até se vê bem. Há filmes dentro do género bem piores.
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