Quando se junta uma boa história e um bom realizador, o resultado geralmente é bom. É o que acontece em «Cotton Club», filme de gangsters realizado por Francis Ford Coppola em 1984. Passado no final dos anos 1920 e início dos anos 1930 «Cotton Club» aborda as guerras entre grupos mafiosos e as tensões raciais em Nova Iorque ao som do Jazz e do sapateado dos clubes da altura. Um desses clubes é precisamente o Cotton Club, um clube de Jazz que existiu em Nova Iorque, onde decorre grande parte da acção.
Não tendo um, mas vários protagonistas, Coppola consegue contar inúmeras histórias com aquele pano de fundo. Temos o trompetista Dixie Dwyer (Richard Gere) que se apaixona por Vera Cicero (Diane Lane), a amante de Dutch Schultz (James Remar), um gangster a quem o músico salva a vida. Owney Madden (Bob Hoskins), o dono do Cotton Club e grande rival de Dutch para controlar o Harlem. Os irmãos Sandman e Clay Williams (interpretados pelos também irmãos na vida real Gregory e Maurice Hines, respectivamente), que tentam um lugar no famoso clube de Jazz. E mesmo assim não nos perdemos neste autêntico mundo, onde até há oportunidade para falar, se bem que ao de leve, das ligações entre Hollywood e a máfia. Perde-se apenas um pouco na recta final, onde o gás parece começar a faltar, mas a última sequência, onde a estação dos comboios se mistura com o clube, consegue ser um belo final.
Com grandes interpretações e boas coreografias nas cenas musicais, «Cotton Club» é um bom filme que retrata bem a época onde decorre a acção e conseguiu envelhecer bastante bem, ao contrário de muitos outros filmes da década de 1980. Basta ver que dois dos actores que por estes dias estão um bocado perdidos nas suas carreiras, Richard Gere e Nicholas Cage, que interpreta o irmão mais novo de Dixie, têm neste filme duas boas prestações.
Nota: 4/5
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