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O outro país é narrado por três refugiados que passaram por cá durante a II Guerra Mundial, quando Lisboa servia de porta de saída para melhores destinos. E a imagem que estes três estrangeiros - Antoine de Saint-Exupéry, o escritor de «O Principezinho», Alfred Döblin, o autor de «Berlin Alexanderplatz», e Erika Mann, filha de Thomas Mann, - aproxima-se mais da dura realidade. Um país pobre, com uma população pouco escolarizada e onde os refugiados se vêem presos e têm de enfrentar duras condições.
Numa altura em que voltamos a sofrer na pele uma crise bastante complicada, «Fantasia Lusitana» quase que pode ser visto como um grito de alerta para o que se está a passar, quando muitos nos tentam convencer que as coisas não estão tão difíceis como parecem e nos iludem com falsas mensagens de que tudo está bem. E poucas vezes um filme centrado num passado mais ou menos longínquo conseguiu ser tão actual.
Nota: 4/5
Site do filme no IMDB
O filme surpreendeu-me pela positiva, um dos que mais gostei o ano passado. Felizmente tive oportunidade de o assistir na presença do realizador e conversar com ele no fim. Curioso que ao ver o filme só me fez lembrar muitas das situações actuais do nosso país...
ResponderEliminarComo eu te compreendo. Vi-o hoje porque não o consegui apanhar quando estreou, nem no Indie. É triste como as coisas por cá parece que não mudam.
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