«Et in terra pax» é uma boa primeira longa metragem, assinada pela dupla de realizadores italianos Matteo Botrugno e Daniele Coluccini, que no passado já realizaram um punhado de curtas. O último já conta também com um documentário no currículo, realizado em 2009. O argumento do filme centra-se em três histórias de jovens habitantes de um bairro pobre de Roma, onde a criminalidade reina, que se cruzam num momento chave, como alguns dos filmes mosaico realizados por Iñarritu.
Neste caso temos a história de Marco (Maurizio Tesei) que sai da prisão para voltar a cair nas malhas do crime, apesar de inicialmente não querer, Sonia (Ughetta D'Onorascenzo), que vive com a avó, estuda para ter uma vida melhor e trabalha à noite num café para conseguir juntar mais algum dinheiro, e o trio de pequenos delinquentes Faustino (Michele Botrugno), Massimo 'Nigger' (Germano Gentile) e Federico (Fabio Gomiero), que passa os dias sem trabalhar e a snifar linhas de coca.
É um filme forte e o retrato de uma realidade complexa, pois nenhuma das personagens principais tem grandes perspectivas em relação ao futuro. Mesmo a que tem, Sonia, acaba por ficar sem elas na cena que vai culminar no final do filme. Como já referi, esta é uma boa estreia da dupla nas longas-metragens, sem ser um grande filme. Nota-se que há boa vontade em fazer o filme (a cena à volta da mesa, quando todos os membros da comunidade criminosa debate a forma como encontrar os culpados de um certo crime que poderá atrair a polícia para o bairro), mas precisava de ir um pouco mais longe, sobretudo na história, que está cheia de lugares comuns. Mas com os poucos meios, Matteo Botrugno e Daniele Coluccini fizeram um bom trabalho.
Nota: 3/5
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