Agora que Hollywood parece ter aprendido a fazer adaptações da banda desenhada de certa forma razoáveis (sobretudo quando comparado com tentativas no passado bastante dispensáveis), o filão dos super-heróis parece quase inesgotável. O mais recente a chegar aos cinemas é Capitão América, o mais patriota dos super-heróis norte-americanos, criado durante a II Guerra Mundial como propaganda. Certo é que a personagem sobreviveu ao conflito e ainda hoje é um dos heróis de sucesso da Marvel.
Em «Capitão América: O Primeiro Vingador» Joe Johnston filma o nascimento do super-soldado mais tarde baptizado de Capitão América. E este super-soldado é Steve Rogers (Chris Evans, actor que já interpretou o Homem Tocha nos dois filmes da série «Quarteto Fantástico»), um jovem franzino que tenta mil e uma coisas para ir para o exército dos EUA combater nazis na Europa. Mas se não consegue passar na inspecção, tem a sorte de ser escolhido para ser cobaia de uma experiência, que o irá tornar no tal super-soldado, cheio de músculos, que irá ser a arma secreta para defrontar Johann Schmidt (Hugo Weaving), um militar nazi com planos próprios que não incluem necessariamente a presença de Adolf Hitler.
Ao ver este «Capitão América» fez-me lembrar um pouco o «Thor», de Kenneth Branagh, também estreado recentemente e que faz parte desta série de «Os Vingadores», que irá ter direito a um filme com todos estes super-heróis em 2012. Não só a nível da fotografia, bastante semelhante em ambos os filmes, como nos cenários, que parecem mesmo como os universos da banda desenhada, que são cenários que não existem, mas podiam existir. Outra semelhança entre os dois filmes é um aspecto curioso: o vilão está muito melhor do que o super-herói. Uma vez mais Hugo Weaving demonstra que é daqueles actores perfeitos para encarnar o mau da fita. Neste caso só peca por ter um sotaque irritante, que faz lembrar um pouco Arnold Schwarzenegger. Mesmo assim o resultado está um pouco melhor do que o filme do deus nórdico e garante um bom entretenimento, sem maçar muito, perfeito para esta época do ano, em que os blockbusters teimam em invadir as salas. Se todos fossem assim, já não era mau.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
Netflix remove conteúdos interactivos
Há 14 horas
Concordo com quase tudo o que escreves exceptuando o estilo visual do filme quando comparado com Thor. Kenneth Branagh, a meu ver, apostou , erradamente (devido ao uso desmesurado) dos planos angulares (dutch angles) quando raramente serviam algum propósito e todo o seu universo criado (cores, formas...) pareceu-me bastante distante dos motivos patrióticos e, até certo modo, retros, do Captain América.
ResponderEliminarEm relação ao filme propriamente dito todas as sequências que envolvem os anos 40 (de forma pura e dura sem efeitos especiais) resultam as mil maravilhas. Mas quando entra a acção desmiolada e os efeitos especiais, lá vai o bom trabalho pelo cano abaixo. No entanto, destaco Chris Evans, um actor que regularmente deixa muito a desejar, mas que se mostrou um competente Steve Rogers. E Hugo Weaving, claro, um excelente vilão.
Abraço
Aventura infantil e boba.
ResponderEliminarhttp://cinelupinha.blogspot.com/
Filipe,
ResponderEliminarquando comparei com o Thor, era mais com a imagem, não tanto com a forma como está filmado. Os tons e as cores estão um pouco parecidas e parecem mesmo com as que são normalmente utilizadas na BD, pareceu-me. Se calhar não expliquei bem no texto. E essas cenas que focas são mesmo as melhores, quase parecem, sem querer exagerar na comparação, tiradas de alguns filmes mais clássicos. Abraço.
Rafael,
não achei tão infantil quanto isso. É um filme com o único propósito de entreter e por acaso até considero que desta vez ficou bem conseguido. Cumprimentos.