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O regresso a casa a que o título diz respeito é o regresso dos soldados norte-americanos que morreram numa guerra. Não é dito qual a origem do conflito, mas tudo indica que será a Guerra do Iraque ou a Guerra no Afeganistão, pois o filme decorre durante a campanha presidencial que iria reeleger George W. Bush. Poucos dias depois de um analista do presidente Bush dizer num programa de televisão que o seu maior desejo era ver os soldados regressarem vivos aos EUA, estes começam de facto a regressar, mas sob a forma de zombies. O que poderia indicar o início de uma praga de mortos-vivos acaba por se tornar uma bênção para David Murch (Jon Tenney), ao descobrir que a única forma destes zombies morrerem é depois de votarem. E tudo estava a correr bem até estes zombies começarem a juntar-se aos opositores da guerra.
Subvertendo um pouco a lógica do género de filmes de zombies, em que estes representam uma ameaça para a espécie humana, Joe Dante conseguiu fazer uma brilhante sátira aos meandros da política. As sequências em que os analistas debatem se os mortos-vivos podem ou não votar são simplesmente delirantes. «Regresso a Casa» não é tanto um filme de terror, mas uma comédia em tons de terror, bastante sarcástica. Ao mesmo tempo que nos diverte, tem umas tiradas muito certeiras que nos fazem pensar sobre a forma como nos dominam.
Nota: 5/5
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