É verdade que a carreira de Brian De Palma já teve melhores dias e por estes dias é cada vez mais raro estrear um novo filme deste grande cineasta, que fez grandes obras primas durante as décadas de 1970 e 1980. Na primeira década deste século o currículo de De Palma apenas conta com quatro filmes, sendo «Missão a Marte» o primeiro a chegar às salas, logo em 2000. E a par de «Mulher Fatal» será talvez o seu filme mais fraco deste período, durante o qual apenas nos deu a ver «Dália Negra» e «Censurado».
Tal como o próprio nome indica, o filme relata uma missão de uma equipa de astronautas ao planeta Marte. O objectivo é resgatar o sobrevivente de uma outra equipa de exploradores espaciais, que foi apanhado no meio de um estranho fenómeno que acabou por matar os seus companheiros. Além de ser um filme de ficção científica, género raro, se não mesmo inexistente na restante obra de De Palma, «Missão a Marte» é também um drama sobre as relações, de amizade e amor, entre os astronautas que se conhecem há vários anos e se vêem envolvidos numa missão de vida ou de morte, num ambiente em condições hostis e pouco amigáveis para o ser humano.
Mesmo estando num território pouco comum, De Palma consegue levar o filme a bom porto, mas está bem longe do seu melhor. «Missão a Marte» não é uma obra para os fãs de ficção científica pura e dura, antes um filme que apela ao público em geral, que não goste deste género, o que acaba por jogar contra o filme, que às tantas não consegue encontrar equilíbrio entre os dois mundos e perde-se um pouco. Mas podemos contar com bons efeitos especiais e uma história que podia ser melhor (o fim é uma pequena desilusão), bem diferente do que o realizador nos habituou há muitos anos atrás.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
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