(crítica com spoilers para quem não viu o primeiro filme da série)
Se a primeira parte da trilogia «O Padrinho» é uma obra-prima indiscutível, o segundo capítulo não lhe fica atrás. A saga prossegue sete anos depois dos acontecimentos ocorridos no primeiro filme. Desta vez o padrinho é Michael Corleone (Al Pacino, uma vez mais numa interpretação genial), que tomou as rédeas do negócio de família após a morte do pai, Vito Corleone. Nesta altura já Michael, que nunca quis ter muito a ver com os negócios pouco claros da família, vê-se com um enorme poder nas mãos e torna-se tão forte como o pai fora em tempos, mas menos respeitado pelos seus inimigos. Mas o poder gera inimigos no seio da família e uma nova guerra de clãs está prestes a começar, o que faz com que o novo padrinho falhe a promessa que fez à esposa Kay (Diane Keaton), de que dentro de pouco tempo a família iria deixar os negócios ilegítimos.
Neste segundo capítulo vemos Michael a cimentar o poder da família Corleone, mas ao mesmo tempo a ficar sem a família mais próxima. Neste aspecto, todo o filme é o retrato de um homem que dá tudo para ter a família unida, mas que no final acaba sozinho. Tal como tinha acontecido há muitos anos, durante um jantar de aniversário do pai que é mostrado na cena final, uma das melhores e mais fortes do filme. Outra das histórias de «O Padrinho: Parte II» é a vida de Vito Corleone desde que sai da Sicília até formar o seu império, junto da comunidade imigrante italiana, em Nova Iorque.
O jovem Vito é interpretado por Robert De Niro, um ano após ter entrado em «Os Cavaleiros do Asfalto», de Martin Scorsese. Mas esta história e interpretação acaba de ser relegada para segundo plano, infelizmente, devido à enorme interpretação de Pacino e à própria história de Michael, que tem mais destaque. Curiosamente foi De Niro que levou para casa o Óscar para Melhor Actor Secundário. E uma vez mais, Coppola conseguiu juntar um elenco secundário de fazer inveja a muitos filmes: John Cazale, que já tinha interpretado o papel de Fredo Corleone no primeiro capítulo, neste caso está muito melhor, talvez devido ao maior protagonismo que a sua personagem tem desta vez; Michael V. Gazzo, no papel de um mafioso dos tempos da velha guarda; Lee Strasberg, mais conhecido pela sua escola de actores e por ter criado o célebre Método, que teve poucas aparições no Cinema, sendo neste caso o inimigo de Michael.
E, como não podia deixar de ser, temos de voltar a referir a excelente banda sonora assinada por Nino Rota, que já descrevi no texto sobre o primeiro tomo da saga. Agora é tempo de seguir para o terceiro e último capítulo de «O Padrinho», que dizem ser o mais fraco dos três.
Nota: 5/5
Site oficial do filme
Netflix remove conteúdos interactivos
Há 14 horas
Uma sequência tão poderosa e inesquecível quanto seu antecessor.
ResponderEliminarhttp://cinelupinha.blogspot.com/