Matthew McConaughey é um daqueles actores que tem andado um pouco perdido nos últimos anos. Sem ser um actor extraordinário, é um actor que quando quer e não entra em comédias românticas ou filmes de acção de pouca qualidade, até consegue sacar boas interpretações. Basta ver o caso de «Amistad», de Steven Spielberg. Em «Cliente de Risco», a segunda longa metragem de Brad Furman, também não fica nada mal. Aliás, a sua interpretação é o que acaba por safar o filme.
Tal como no filme de Spielberg, neste caso a personagem de Matthew McConaughey também é um advogado. Mick Haller, que tem como escritório um automóvel Lincoln (que dá o nome ao título original do filme), é um advogado que recebe uma proposta para defender um jovem na casa dos 20 anos, descendente de boas famílias, acusado de ter espancado violentamente uma mulher. Passado pouco tempo descobrimos que nem tudo é como parece e Mick Haller vê-se metido num embrulho daqueles em que não sabe bem o que fazer.
«Cliente de Risco» vale sobretudo pela interpretação de Matthew McConaughey, que está bem acima da média. Apesar de estar bem acompanhado no capítulo dos secundários (Marisa Tomei, Ryan Phillippe, William H. Macy e John Leguizamo, para referir os mais conhecidos), estes praticamente não têm espaço. Nota-se sobretudo nas personagens de Marisa Tomei e William H. Macy, que parecem estar lá só para marcar presença. A história em si também não é nada de especial e como filme de tribunal está uns furos abaixo dos melhores do género. As cenas passadas no julgamento são mesmo do pior do filme. «Cliente de Risco» acaba por ser um bom entretenimento, mas nada mais.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
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