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Narrado sempre na primeira pessoa, Scorsese percorre toda a carreira de Kazan, desde que começou a dar os primeiros passos como actor na Broadway, onde fundou o Group Theatre, e mais tarde em Hollywood (podemos ver a participação de um jovem Kazan a contracenar com James Cagney), até chegar à carreira de realizador, assinando grandes filmes a partir do final dos anos 1940 até ao início dos anos 1960. Ao mesmo tempo o realizador nova-iorquino aproveita para contar a influência que estes filmes tiveram no modo como via cinema e a própria vida à sua volta enquanto entrava na adolescência, assim como a influência que teve na sua génese enquanto cineasta.
Além da carreira de Kazan, que é focada através de várias cenas dos seus filmes analisadas por Scorsese, de uma forma bastante apaixonada, o filme aborda ainda o homem por detrás da câmara, com uma grande humanidade que conseguiu passar para os seus filmes, e alguns episódios da sua vida que acabaram também por influenciar alguns dos seus filmes. Mas apesar de ser um retrato apaixonado de um ídolo feito por um fã, «A Letter To Elia» é pouco mais do que isso.
A complementar a sessão foi projectada a curta-metragem experimental «Postface», de Frédéric Moffet, sobre Montgomery Clift, bastante abstracta e que mais parece uma experiência que só o realizador conhece o significado.
Nota: 3/5
Site do filme no IMDB
Pelo horário, foi impossível ter ido ver, mas gostava muito. Tentarei na segunda sessão.
ResponderEliminarEu por acaso fiquei um bocado desiludido, porque basicamente é só mesmo uma homenagem ao Kazan feita pelo Scorsese, onde este fala do realizador, dos filmes e do que sentiu quando os viu. Mas para isso, valia mais ver na TV. Mas se gostares mesmo de Kazan acho que vale a pena.
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