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«Lemmy» apenas me veio dar mais razões para gostar do baixista dos Motorhead, pois relata a sua vida e alguns dos projectos onde esteve envolvido e a influência que teve em gente como os Metallica, Henry Rollins, Slash, Jarvis Cocker, Marky Ramone, entre muitos outros. Um dos aspectos mais interessantes do documentário sobre esta autêntica lenda viva é o facto de ser contado na primeira pessoa. Durante grande parte do filme os realizadores acompanham Lemmy nos bares que visita, na sua casa, em programas de rádio, nos concertos com os Motorhead e outras bandas (até de rockabilly!!!), a comprar cds, etc. E é extraordinário quando descobrimos que alguém que considerávamos ser um monstro é afinal uma pessoa normal, com gostos como todos nós, alguns mais excêntricos do que outros, que quando lhe perguntam qual é a melhor coisa que tem em casa (e acreditem, a casa de Lemmy é um autêntico museu de tralha, alguma com muito valor, como a colecção de artigos da II Guerra Mundial) responde que é o filho.
Mas Lemmy Kilmister é uma personagem fantástica de explorar. As histórias que os entrevistados contam sobre ele mostram as razões pelas quais ele é uma influência para muitos quando se fala no rock mais pesado. Além disso, «Lemmy» é também um retrato da sua vida, quais as suas influências (e como o rock and roll pré-Beatles foi tão influente na génese dos Motorhead), os projectos em que participou e porque foi corrido de dois deles, e ainda há espaço para filosofar e histórias sobre os seus tempos de roadie de Jimi Hendrix. «Lemmy» é sobretudo um filme para fãs, que podem contar com algumas boas actuações durante o documentário, mas também é um retrato sobre uma das maiores figuras da cultura popular do século XX, que nunca fez cedências a ninguém. Goste-se ou não.
Nota: 4/5
Site oficial do filme
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