«A Little Closer» é mais um exemplo do cinema americano independente mais normal que tem passado pelo IndieLisboa: uma história simples, boas interpretações, mas pouco mais do que isso. A estreia de Mathew Petock até tem alguns pontos de contacto com o vencedor da edição do ano passado, «Vão-me Buscar Alecrim», dos irmãos Ben Safdie e Joshua Safdie, nomeadamente por retratar uma relação familiar com dois filhos. Uma das diferenças é que o adulto neste caso é uma mãe solteira com pouco tempo para cuidar dos filhos e não um pai com pouco jeito para tomar conta dos seus filhos, como era o Lenny do filme dos Safdie.
Outra das diferenças é que «A Little Closer» se centra na vida das três personagens e a sua procura por algo melhor. A mãe Sheryl (Sayra Player), que tem um trabalho monótono e o pouco tempo livre que tem passa-o em bailes à procura de alguém para amar; o filho adolescente Stephen (Eric Baskerville) que começa a despertar para a sexualidade; e Marc (Parker Lutz), o filho mais novo, com pouco mais de 10 anos, que tem de frequentar a escola durante as férias de Verão e ao mesmo tempo faz as tropelias normais com o seu grupo de amigos.
Além de uma boa interpretação dos três actores principais, que têm uma excelente empatia e quase que parece uma família a sério, «A Little Closer» não vai mais além do que um filme banal. A história é relativamente básica e pouco nos cativa, pois o próprio evoluir das personagens é mais do que previsível. Os planos demasiado contemplativos também não ajudam muito. O final acaba por se esvair, com as personagens a olharem para outro lado, quem sabe à procura de um futuro melhor.
Nota: 3/5
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