Pequenas Mentiras Entre Amigos, de Guillaume Canet
Transformers 3, de Michael Bay
Rumo à Liberdade, de Peter Weir
O Atalho, de Kelly Reichardt
quinta-feira, 30 de junho de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Cinco curtas portuguesas no Teatro do Bairro

A próxima vai acontecer já na próxima quinta-feira no Teatro Do Bairro, em Lisboa, a partir das 23:30 e consiste na projecção de cinco curtas-metragens portuguesas. Além da projecção dos filmes vão estar presentes no WATX (assim se chama o evento) membros das equipas para falar com o público. Segundo a página do Facebook da iniciativa esta primeira sessão destina-se a «divulgar, formar e angariar receitas para o novo Cinema Português, em formato Curta-Metragem».
A lista dos primeiros cinco filmes a exibir no âmbito das sessões WATX é a seguinte:
«Assim, Assim», de Sérgio Graciano
«F.r.u.n.c.», de Paulo Prazeres
«Justino», de Carlos Amaral
«A Cova», de Luís Alves
«Bats in the Belfry», de João Alves
O bilhete para a sessão custa cinco euros ou três euros para estudantes de Cinema, Vídeo e Multimédia, sendo que as receitas vão para a produção dos filmes exibidos e à produção WATX. Mais informações aqui.
Etiquetas:
Carlos Amaral,
João Alves,
Luís Alves,
Notícia,
Paulo Prazeres,
Sérgio Graciano
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Juno, de Jason Reitman (2007)

A solução para Juno, que se sente demasiado nova para tomar conta de uma criança (ou a coisa, como ela trata o bebé) e depois de ficar traumatizada por uma visita a uma clínica de abortos, passa por dar o filho para adopção a um casal que procura um filho. E esse casal não podia ser mais diferente: Mark (Jason Bateman), uma estrela de rock falhada, e Vanessa (Jennifer Garner), que quer à força ser mãe.
O que podia ser uma comédia adolescente parva ou um dramalhão daqueles de fazer chorar as pedras da calçada escapa a esse fatídico destino para se tornar uma excelente comédia sobre a adolescência e o amor, não apenas entre o jovem casal, mas também dos 'crescidos', se assim se pode dizer. Sempre acompanhada por uma excelente banda sonora, que termina com um belo dueto entre Juno e Paulie (uma cover de «All I Want Is You», original dos Moldy Peaches), Ellen Page tem aqui uma das suas melhores personagens até à data. Mesmo sendo alguns anos mais velha do que a personagem, tinha 20 anos quando o filme estreou, mais quatro do que Juno, consegue encarnar na perfeição a desbocada jovem, que tem sempre resposta para tudo. A nomeação ao Óscar de Melhor Actriz nesse ano foi mais do que merecida.
O argumento de Diablo Cody, que lhe valeu a estatueta dourada para Melhor Argumento Original logo na estreia, é também maravilhoso e simples, como todas as boas histórias.
Nota: 5/5
Site oficial do filme
Etiquetas:
Crítica,
Ellen Page,
Jason Bateman,
Jason Reitman,
Jennifer Garner,
Michael Cera,
Moldy Peaches
domingo, 26 de junho de 2011
Histórias de Nova Iorque, de Woody Allen, Francis Ford Coppola e Martin Scorsese (1989)

Lições de Vida, de Martin Scorsese
O primeiro episódio é da autoria de Martin Scorsese e foca a relação entre o pintor Lionel Dobbie (Nick Nolte) e a sua assistente Paulette (Rosanna Arquette). Ele, mais velho, já tem uma carreira feita, enquanto ela está a tentar chegar a esse patamar. Os dois estão a viver uma fase de ruptura da sua relação amorosa e é essa a história captada por Scorsese. Com uma excelente banda sonora e duas óptimas interpretações, este é um dos melhores episódios do filme, a par do de Woody Allen. Com aquela forma de filmar vemos logo que é um filme de Scorsese, que apenas precisava de um argumento um bocado melhor para ser excelente. Nota: 4/5
A Vida Sem Zoe, de Francis Ford Coppola
No meio está a virtude, diz o ditado. Infelizmente não é o caso de «Histórias de Nova Iorque», onde o episódio de Francis Ford Coppola é o menos conseguido dos três. Escrito a meias com a filha Sofia, «A Vida Sem Zoe» relata a história de uma rapariga sem amigos, filha de pais ricos separados, que vive num hotel onde os empregados acabam por ser a família que Zoe (Heather McComb) não tem. Conhecendo a carreira de Sofia Coppola enquanto realizadora, podemos ver aqui quase como que um primeiro filme da filha de Francis, realizado pelo pai. A história pouco muda em relação aos dois últimos filmes de Sofia e não desperta tanto interesse quanto os outros dois episódios. Nota: 3/5
Destroços de Édipo, de Woody Allen
Se em «Lições de Vida» reconhecemos o estilo de Scorsese, «Destroços de Édipo» tem tudo o que um filme de Woody Allen na sua melhor fase nova-iorquina tem. A começar pela personagem principal, interpretada pelo próprio realizador: o neurótico advogado Sheldon, com problemas por resolver com a mãe. Quando o conhecemos ele conta ao psiquiatra um sonho onde a mãe morreu e ele vai a conduzir o carro funerário a caminho do cemitério com a mãe a resmungar no caixão. Mais tarde, um incidente faz desaparecer a mãe de Sheldon e passados uns dias esta reaparece no céu de Nova Iorque para atormentar o pobre advogado. É uma comédia Alleniana em estado puro, que mesmo numa pequena dose consegue agradar aos fãs do realizador. E ansiar pelo seu regresso à cidade que nunca dorme. Nota: 4/5
Nota: 4/5
Site do filme no IMDB
sábado, 25 de junho de 2011
Twin Peaks: Os Últimos Sete Dias de Laura Palmer, de David Lynch (1992)

Em 1992, um ano depois do fim da série, David Lynch realiza «Twin Peaks: Os Últimos Sete Dias de Laura Palmer», filme que retrata, como o título em português muito bem indica, os últimos dias antes da morte da misteriosa adolescente que estava no centro da série. E tem tudo o que um bom filme de Lynch tem, nomeadamente os elementos estranhos que remetem para sonhos e cenários oníricos, e a banda sonora (de Angelo Badalamenti, como não podia deixar de ser)que adensa ainda mais o ambiente já de si pesado . Tal como na série, aqui nada é o que parece e a inocência de uma comunidade perdida no interior dos EUA acaba por não ser tão inocente quanto isso.
Apesar de não ser considerado pelos fãs do realizador como um dos seus melhores filmes, «Twin Peaks: Os Últimos Sete Dias de Laura Palmer» não deixa de ser uma boa obra, que serve sobretudo para aprofundar um pouco a mitologia em torno da série e desvendar alguns dos mistérios. E mostra que esta era uma daquelas séries que podiam ter continuado por muitas e muitas temporadas, tal era a quantidade de linhas narrativas que podiam ser exploradas. A pressão das audiências assim o ditou e desde então poucas foram as séries de televisão que conseguiram ser tão atractivas e misteriosas ao mesmo tempo.
Nota: 4/5
Site do filme no IMDB
Etiquetas:
Angelo Badalamenti,
Crítica,
David Lynch,
Kyle MacLachlan,
Mar Frost,
Sheryl Lee
sexta-feira, 24 de junho de 2011
A.I. Inteligência Artificial, de Steven Spielberg (2001)

No centro deste magnífico conto de fadas de ficção científica está David (Haley Joel Osment), um menino robot de última geração criado para amar como um filho. David é testado por um casal que tem um filho doente, com uma doença incurável. Tudo corre bem até que o filho do casal regressa a casa e as diferenças entre humanos e robots acabam por vir ao de cima. Mas também aí já é tarde, pois Monica, a mãe (Frances O'Connor), já se afeiçoou a David e quando chega a altura de o entregar à empresa que o criou não consegue e opta por deixá-lo em liberdade. Inspirado na história de Pinóquio o pequeno robot resolve partir em busca da fada azul para o tornar um menino humano para ser amado pela mãe.
É esta saga e o seu desenrolar que fazem de «A.I.» uma das mais belas histórias, mesmo que em tons de certa forma sombrios, da obra de Spielberg. Com uma bela fotografia e excelentes cenários que recriam um mundo futurista que tanto nos remete para Blade Runner, como para cenários mais apocalípticos, o filme é uma fantástica obra sobre o amor e a procura dos nossos sonhos. Haley Joel Osment tem aqui uma das suas maiores e talvez últimas grandes interpretações. De certeza que nas mãos de Kubrick este seria um filme completamente diferente. Infelizmente nunca o vamos conseguir saber.
Nota: 5/5
Site do filme no IMDB
Etiquetas:
Crítica,
Frances O'Connor,
Haley Joel Osment,
Stanley Kubrick,
Steven Spielberg
quarta-feira, 22 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Valhalla Rising - Destino de Sangue, de Nicolas Winding Refn (2009)

Pelo caminho este estranho guerreiro e o seu jovem companheiro encontram um grupo de cruzados e partem com eles para a Terra Santa. Uma vez mais aí regressa a carnificina. E praticamente é isto «Valhalla Rising - Destino de Sangue», um daqueles estranhos objectos cinematográficos que não sabemos bem como reagir quando vemos. Tem uma belíssima fotografia, de uma qualidade comparável ao excesso de violência que atravessa o filme do início ao fim. Mas o facto de a história ser demasiado despida, não abona muito a seu favor. Tenho de confessar que, o que é raro no meu caso, ia adormecendo umas quantas vezes a vê-lo. Se não fossem as cenas violentas, acho que não o conseguia ter visto completo. Mas vale como experiência.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
Etiquetas:
Crítica,
Mads Mikkelsen,
Nicolas Winding Refn
Rapariga: Código 6, de Spike Lee (1996)
Quando começa a ter algum sucesso, leia-se clientes que lhe ligam, e a ganhar algum dinheiro, deixa de perseguir os seus sonhos e embrenha-se demasiado no seu trabalho, perdendo pelo caminho alguns amigos. «Rapariga: Código 6» não é o melhor dos filmes de Spike Lee, mas é um filme simpático, onde se destaca a interpretação de Theresa Randle. O filme é todo dela. Mas a história, que acaba por ser um círculo, não se aguenta muito, mesmo com um bom elenco secundário, composto pelo próprio Lee, no papel do melhor amigo da jovem, Isaiah Washington, que interpreta o cleptomaníaco ex-marido da jovem e que tenta regressar aos seus braços. A título de curiosidade, logo a abrir encontramos Quentin Tarantino a fazer de realizador durante um casting que não acaba muito bem. Isto num filme realizado um ano antes de «Jackie Brown».
Esta é apenas uma das referências cinematográficas de «Rapariga: Código 6», que no fundo não deixa de ser um filme sobre a busca interior de uma candidata a actriz, que depois de tentar a sua sorte em Nova Iorque parte para a Califórnia, terra dos sonhos de Hollywood. Mas a aventura não terá grandes resultados, prevê-se com aquele filme. Para quem gosta, uma das melhores partes do filme acaba por ser também a banda sonora, assinada por Prince.
Nota: 3/5
Site do filme no IMDB
Etiquetas:
Crítica,
Isaiah Washington,
Prince,
Quentin Tarantino,
Spike Lee,
Theresa Randle
segunda-feira, 20 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Fim-de-Semana Alucinante, de John Boorman (1972)

«Fim de Semana Alucinante» começa por ser um filme bastante calmo e tranquilo, apesar do primeiro contacto entre os quatro amigos e a comunidade local não ser completamente amistoso. Mesmo com o fabuloso duelo de guitarra e banjo entre Drew e um miúdo. Aos poucos e sobretudo a partir do ataque ao grupo o filme torna-se um thriller, com cenas bastante bem conseguidas que nos conseguem transmitir as dificuldades dos quatro amigos num ambiente inóspito e a tensão por se encontrarem quase como que fechados num espaço aberto. Este detalhe só falha no visionamento em TV, que foi o meu caso, pois este sufoco é um daqueles casos que ficará sem dúvida bastante melhor no cinema.
O que também está bem conseguido é a evolução das personagens ao longo do filme, consoante o que lhes vai acontecendo. O trabalho de John Boorman, baseado num argumento de James Dickey a partir de uma obra do próprio, mostra como quatro pessoas normais reagem perante um acontecimento que lhes vai mudar para sempre a vida, tomando decisões que provavelmente não tomariam a não ser neste caso. Tudo isto faz como que «Fim de Semana Alucinante» faça jus ao seu estatuto de filme de culto e continua um grande filme, passados quase 40 anos.
Nota: 4/5
Site do filme no IMDB
Etiquetas:
Burt Reynolds,
Crítica,
James Dickey,
John Boorman,
Jon Voight,
Ned Beatty
sábado, 18 de junho de 2011
José Saramago no cinema

Das quatro obras baseadas em livros de José Saramago que foram alvo das objectivas da Sétima Arte, «Ensaio Sobre a Cegueira» é a mais célebre. Realizada em 2008 pelo brasileiro Fernando Meirelles, autor de «Cidade de Deus» e «O Fiel Jardineiro», a adaptação desta visão catastrófica da Humanidade, em que uma misteriosa epidemia torna a população mundial cega e acaba por nos mostrar a natureza do Homem quando perde um dos seus sentidos fundamentais através do olhar da única personagem que vê, conta com um elenco de luxo e de várias nacionalidades (Julianne Moore, Danny Glover, Gale Garcia Bernal ou Alice Braga). Apesar de o tema ser bastante difícil de filmar, senão mesmo impossível devido à própria natureza da obra (no fundo estamos perante um mundo onde as personagens são cegas), Meirelles conseguiu dar uma nova visão da obra de Saramago, uma das mais conhecidas do escritor.
Já antes, em 2000, tinha sido a vez do holandês George Sluizer ter feito uma versão de «Jangada de Pedra», filme que conquistou alguns prémios em festivais de cinema. Nesta história da separação da Península Ibérica do território europeu, rumo aos Açores, uma vez mais surge um elenco internacional, onde se encontram os portugueses Diogo Infante e Ana Padrão.
A mais recente adaptação de uma obra de Saramago ao Cinema foi «Embargo», de António Ferreira («Esquece Tudo o que te Disse»), e baseia-se num conto publicado pelo Nobel em 1978 na colectânea «Objecto Quase». Passado durante uma crise petrolífera, o filme relata as desventuras do inventor de uma tecnologia que promete mudar a indústria do calçado, que é afectado na sua missão devido à falta de gasolina no carro.
Por fim, há ainda uma curta-metragem de animação feita em 2006 pelo galego Juan Pablo Etcheverry, «A Maior Flor do Mundo», onde o próprio José Saramago é uma das personagens que conta a ideia de um livro infantil, contando uma história de um rapaz que fez nascer a maior flor do mundo.
Já no ano passado a relação do escritor com a jornalista espanhola Pilar Del Rio foi o centro de um documentário realizado por Miguel Gonçalves Mendes. Neste documentário o realizador acompanhou o casal durante uma temporada e o resultado foi uma bela homenagem não só à relação de um simples casal apaixonado, mas também da enorme figura de José Saramago. O filme vai ser projectado hoje às 21h30 na Cinemateca, em jeito de homenagem ao primeiro aniversário da morte do escritor e a propósito do lançamento do DVD do filme. A sessão vai contar com a presença de Pilar del Rio e do realizador.
Todos estes filmes são um exemplo de que a obra de Saramago continua para além dos livros, chegando a outras artes. Para recordar o Homem fica a curta-metragem de Pablo Etcheverry, narrada pelo próprio.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Frase(s) que marcam um filme: Alien - O 8.º Passageiro, de Ridley Scott (1979)
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Em Cartaz: Semana 16/06/2011
Um Sonho de Rapariga, de Phil Traill
Valhalla Rising - Destino de Sangue, de Nicolas Winding Refn
Viagem a Portugal, de Sérgio Tréfaut
Quem vai à Guerra, de Marta Pessoa
A Águia da Nona Legião, de Kevin Macdonald
O Castor, de Jodie Foster
Miral, de Julian Schnabel
Valhalla Rising - Destino de Sangue, de Nicolas Winding Refn
Viagem a Portugal, de Sérgio Tréfaut
Quem vai à Guerra, de Marta Pessoa
A Águia da Nona Legião, de Kevin Macdonald
O Castor, de Jodie Foster
Miral, de Julian Schnabel
quarta-feira, 15 de junho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
domingo, 12 de junho de 2011
Terra dos Mortos, George A. Romero (2005)

O que interessa é que «Terra dos Mortos» é um dos filmes de terror mainstream realizados na primeira década deste século que não se deixa cair nos facilitismos que o género tem vindo a enfrentar. Leia-se: um grupo de jovens na mira de um serial killer sádico. Neste filme Romero leva-nos a acompanhar um grupo de humanos que tenta evitar a chegada dos zombies a uma cidade fechada liderada por Kaufman (Dennis Hopper), que vive num edifício de luxo junto de uma elite escolhida por ele próprio. Os restantes humanos vivem nessa colónia, mas com menos condições. É a tentativa de um deles chegar ao edifício (Cholo - John Leguizamo) e de outro fugir dos EUA (Riley - Simon Baker), ambos antigos companheiros de armas, que faz avançar a narrativa.
E o que resulta bem em «Terra dos Mortos» é precisamente a história, um factor que tem escapado ao género nos últimos anos e que mesmo os grandes mestres, como Carpenter ou Wes Craven, parece terem perdido. Neste caso, Romero consegue marcar pontos, apesar de mesmo assim não ser a melhor história de sempre. Mas está bem conseguida e acaba por tornar o filme entretenimento interessante, sobretudo para os fãs do cinema de terror mais clássico.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
Etiquetas:
Crítica,
Dennis Hopper,
George Romero,
John Leguizamo,
Simon Baker
Vencedores do Festróia 2011

A lista completa dos premiados do Festróia 2011 é a seguinte:
Melhor Filme - Golfinho de Ouro
Tirza, de Rudolf van den Berg
Prémio Especial do Júri - Golfinho de Prata
Só Entre Nós, de Rajko Grlic
Melhor Realizador - Golfinho de Prata
Oleg Novkovic, por Mundo Branco
Melhor Actor - Golfinho de Prata
Nebojsa Glogovac, por A Mulher Com o Nariz Partido, de Srdjan Koljevic
Melhor Actriz - Golfinho de Prata
Florence Loiret Caille, por O Pequeno Quarto, de Stéphanie Chuat e Véronique Reymond
Melhor Argumento - Golfinho de Prata
Julio Rojas e Matias Bize, por A Vida dos Peixes, de Matias Bize
Melhor Fotografia - Golfinho de Prata
Pini Hellstedt, por Odisseia na Lapónia, de Dome Karukoski
Prémio do Público
Mamã Gógó, de Fridrik Thor Fridriksson
Prémio Homem e a Natureza
Severn, a Voz das Nossas Crianças, de Jean-Paul Jaud
Menções Especiais
Princesa, de Arto Halonen
Eu Consigo, de Susana Pilgrim
Prémio Primeiras Obras
O Abandonado, de Adis Bakrac
Menções Especiais
Preto e Branco, de Ahmet Boyacioglu
Magdalena Poplawska, pelo desempenho no filme Entre Dois Fogos, de Agnieszka Lukasiak
Prémio Fipresci
Cabelo, de Tayfun Pirselimoglu
Prémio Signis
O Pequeno Quarto, de Stéphanie Chuat e Véronique Reymond
Menção Especial
Ridículo, de Audrey Najar e Fréderic Perrot
Prémio Cicae
O Sussuro, de Heidi Maria Faisst
Prémio Mário Ventura
O Papel Mais Difícil, de Olivier Refson
sábado, 11 de junho de 2011
Carlos, de Oliver Assayas (2010)

Talvez um dos problemas de «Carlos» para cinema, filme que se baseia numa mini-série para televisão com mais de cinco horas, seja mesmo o que ficou de fora. Não o posso comparar, pois apenas vi a versão curta de duas horas e meia, que foi a que chegou às salas. E nota-se que falta muita coisa, mas que não sei se estará na versão televisiva. A começar, o filme apenas se centra nos anos 1970, passa ao de leve pelo início dos anos 1990 com a queda do Muro de Berlim e as consequências de um novo mundo que resultam desse acontecimento histórico e tem uma longa parte final em 1994, no Sudão, onde Carlos é apanhado pelas autoridades francesas que o levam preso. O resto não é abordado, inclusive os anos 1980, como se nesse período Carlos e o seu grupo estivesse inactivo, o que não aconteceu de facto. Aliás, praticamente só uma das suas acções, talvez a mais espectacular (se assim se pode designar um acto terrorista) é que é explorada: o rapto dos ministros da OPEP em Viena. Ou seja, mesmo que fosse um retrato completo do terrorista, seria incompleto.
De louvar a interpretação de Édgar Ramírez no papel de Carlos, num daqueles papéis que apenas aparecem uma vez na vida e que o actor, curiosamente também venezuelano como o terrorista, protagoniza de forma magistral, com falas em várias línguas e com caracterizações diferentes consoante a fase do terrorista. Pena que o retrato acabe por se tornar quase como uma caricatura de Carlos, o que justifica as palavras pouco simpáticas que o visado proferiu quando visualizou a sua história contada por Olivier Assayas. Menos mal no retrato fica a banda sonora e a forma como «Carlos» está filmado, quase sempre de câmara na mão. Falta agora ver a versão longa para saber se o retrato de Carlos ficou de facto bastante bom, como muitos dizem que ficou. A versão para cinema falha o objectivo de contar um período bastante interessante do século XX que continua nebuloso.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
Get Low - A Lenda de Felix Bush, de Aaron Schneider (2009)

Mas, como muitos filmes que nascem de boas ideias, nem sempre o resultado final atinge as expectativas. «Get Low - A Lenda de Felix Bush» até começa bem, com apresentação das personagens, mas sempre centrado em Felix Bush (Duvall) e na forma como é visto na vila que o desprezou durante anos. Apesar de ser um isolamento voluntário, só no fim sabemos porque razão o fez, esse isolamento levou ao surgimento de inúmeras histórias sobre o estranho ancião, na sua maioria pouco abonatórias. O objectivo da festa fúnebre é desmistificar essas lendas.
Além de duas grandes interpretações, as de Duvall e de Murray (este interpreta o dono da funerária que prepara a festa, sempre no seu estilo irónico), apesar de por vezes parecerem um pouco em modo piloto automático para o talento da dupla, «Get Low - A Lenda de Felix Bush» fica aquém das expectativas geradas, sobretudo na segunda metade, quando começam a ser revelados os pormenores da verdadeira história do idoso. E este é um daqueles casos que podia claramente ter ido mais além, mas acaba por ser uma estreia razoável para Aaron Schneider.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
Etiquetas:
Aaron Schneider,
Bill Murray,
Robert Duvall,
Sissy Spacek
A Ressaca: Parte II, de Todd Phillips (2011)

Este segundo capítulo da saga é um bocado mais do mesmo. Muda o cenário, mas continuam as piadas sobre sexo e regressa uma das melhores personagens do primeiro filme: o genial gangster Mr. Chow (Ken Jeong) que vai ajudar os quatro a encontrar Teddy no meio do submundo e é protagonista de uma mirabolante perseguição nas ruas de Banguecoque.
Mas «A Ressaca: Parte II» é pouco mais do que isto e não acrescenta quase nada ao primeiro. Tem boas piadas que conseguem provocar algumas gargalhadas em quem gosta de comédias desbocadas e demonstra uma vez mais o talento de Zach Galifianakis para a comédia, que já tinha provado o seu valor no anterior filme de Todd Philipps, «A Tempo e Horas», ao lado de Robert Downey Jr.. Fora isso, pouco há a ver nesta sequela, que tudo indica irá ter continuação. Mas irá decerto agradar aos fãs do primeiro capítulo.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
Etiquetas:
Bradley Cooper,
Crítica,
Ed Helms,
Justin Bartha,
Ken Jeong,
Mason Lee,
Todd Phillips,
Zach Galifianakis
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Sonata de Outono, de Ingmar Bergman (1978)

O argumento centra-se na visita de Charlotte (Ingrid Bergman) a casa da sua filha Eva (Liv Ullmann), depois da morte de um dos seus amantes. Mas aquilo que parecia ser um regresso a casa depois de muitos anos, inicialmente com toda a gente bem disposta, cedo se torna um regresso odioso. Isso nota-se logo numa primeira sequência, quando Eva diz à mãe que a sua irmã doente também está a viver com ela, notícia que não é bem recebida por Charlotte. Mais tarde ao mesmo tempo que Eva tem um curioso diálogo com o marido sobre a sua mãe Charlotte, no andar de cima esta tem um monólogo que uma vez mais dá a ver a natureza da sua personagem. Tudo explode a meio da noite, quando mãe e filha, sobretudo esta, desabafam sobre fantasmas do passado.
Apesar de não ser um dos mais conhecidos filmes de Ingmar Bergman, «Sonata de Outono» não deixa de ser um grande filme. A presença de Ingrid Bergman, e que excelente presença, é apenas um brinde para os fãs do cineasta, que têm aqui todos os ingredientes da sua obra: desde as relações destroçadas a fantasmas do passado, passando por excelentes interpretações e personagens bastante vincadas no seu modo de ver as coisas, nada falta. E o confronto entre Ingrid e Liv não podia ser uma grande despedida na carreira da primeira, que apenas iria regressar num derradeiro papel num filme para televisão em 1982, onde interpretou o papel de Golda Meir.
Nota: 4/5
Site do filme no IMDB
Etiquetas:
Crítica,
Ingmar Bergman,
Ingrid Bergman,
Liv Ullmann
Subscrever:
Mensagens (Atom)