É por causa de filmes destes que eu gosto de Cinema. «A.I. Inteligência Artificial» foi um dos muitos projectos que Stanley Kubrick deixou por fazer e seria o filme a seguir a «Eyes Wide Shut» se não tivesse morrido antes de finalizar este último filme. Dois anos após a morte do génio que nos deu «Shining», Steven Spielberg resolveu abraçar o projecto em jeito de homenagem e o resultado é um dos melhores filmes da primeira década deste século. Sem nunca sair do terreno do universo preferido de Spielberg, a família, «A.I. Inteligência Artificial» é um filme negro para os padrões do pai de «ET».
No centro deste magnífico conto de fadas de ficção científica está David (Haley Joel Osment), um menino robot de última geração criado para amar como um filho. David é testado por um casal que tem um filho doente, com uma doença incurável. Tudo corre bem até que o filho do casal regressa a casa e as diferenças entre humanos e robots acabam por vir ao de cima. Mas também aí já é tarde, pois Monica, a mãe (Frances O'Connor), já se afeiçoou a David e quando chega a altura de o entregar à empresa que o criou não consegue e opta por deixá-lo em liberdade. Inspirado na história de Pinóquio o pequeno robot resolve partir em busca da fada azul para o tornar um menino humano para ser amado pela mãe.
É esta saga e o seu desenrolar que fazem de «A.I.» uma das mais belas histórias, mesmo que em tons de certa forma sombrios, da obra de Spielberg. Com uma bela fotografia e excelentes cenários que recriam um mundo futurista que tanto nos remete para Blade Runner, como para cenários mais apocalípticos, o filme é uma fantástica obra sobre o amor e a procura dos nossos sonhos. Haley Joel Osment tem aqui uma das suas maiores e talvez últimas grandes interpretações. De certeza que nas mãos de Kubrick este seria um filme completamente diferente. Infelizmente nunca o vamos conseguir saber.
Nota: 5/5
Site do filme no IMDB
Fúria Sangrenta & A Fortaleza dos Imortais
Há 10 horas
Acho esse filme lindo, maravilhoso, uma das melhores produções do Spielberg.
ResponderEliminarhttp://cinelupinha.blogspot.com/
Concordo. Só tive a oportunidade de o ver ontem e está claramente entre os melhores dele.
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