Juntar muitos e bons actores nem sempre é suficiente para termos um grande filme. E «As Vidas Privadas de Pippa Lee» é um bom exemplo. Pippa Lee (Robin Wright Penn) é uma mulher com cerca de 50 anos que está a passar por uma fase complicada da sua vida. Não nos é explicado directamente porquê, mas os sinais estão todos lá: está casada com um homem mais velho (Alan Arkin) às portas da morte, os seus dois filhos não lhe ligam muito e quando o casal se muda para um bairro residencial para idosos Pippa entra em colapso.
E ao mesmo tempo que entra em colapso vai-nos contando a sua história até ao último dia do filme, quando parte em busca de si própria. A sua história começa na infância como única rapariga no meio de muitos irmãos criada por uma mãe que não regula muito bem por tomar speeds (uma excelente Maria Bello, das poucas interpretações que sobressaem no filme), depois a adolescência em fuga com uma temporada em casa da tia lésbica e passagem por um grupo de artistas sem projectos até que conhece o futuro marido.
Mas o problema em «As Vidas Privadas de Pippa Lee» não é o elenco, por onde surgem ainda Keanu Reeves, Monica Belluci, Juliane Moore e uma de certa forma patética Winona Ryder (a senhora está a precisar urgentemente de levantar a carreira e é pena pois em nova era uma actriz que demonstrava um grande potencial), mas sim a história que parece deixar muitos buracos por preencher. Sobretudo faltam explicações para o comportamento da personagem principal. E esse desequilibro acaba por prejudicar Robin Wright Penn, que é ultrapassada pelas restantes personagens no protagonismo.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
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