Há filmes que mereciam ser melhores. E «Um Funeral à Chuva», a estreia nas longas metragens de Telmo Martins, é um desses filmes. Apesar de ter estreado no ano passado e o ter perdido em salas, onde passou de certa forma despercebido, foi com agrado que o vi no FESTin. A história é simples: um grupo de amigos, antigos colegas de universidade na Covilhã, reúne-se 10 anos depois da conclusão dos estudos na véspera do funeral de um deles e enquanto contam em que ponto está a sua vida, recordam os bons velhos tempos. No fundo é uma comédia melancólica com algumas semelhanças com o clássico dos anos 1980 «Os Amigos de Alex», realizado por Lawrence Kasdan.
O percurso destes jovens, alguns com sucesso (pelo menos aparente), outros nem por isso, é o mote para uma boa história que poderia ter sido um grande filme português. Faltaram cumprir alguns pormenores. Os problemas de «Um Funeral à Chuva» são vários, um deles é um mal do cinema que se faz em Portugal: a qualidade do som, que faz com que em certas cenas não se perceba metade dos diálogos. Outro dos defeitos do filme são as personagens, que são pouco exploradas, tirando um ou outro exemplo (e assim de repente só me recordo de Diana, a apresentadora de televisão, que consegue ter um princípio, meio e fim de história no meio do arco narrativo), e acabam por ser demasiado superficiais.
Mas o resultado final acaba por ser um filme bastante simpático, tirando estes problemas referidos, com um elenco jovem e fruto de uma vontade de Telmo Martins em fazer um filme com poucos subsídios, mas com a ajuda de algumas entidades que o ajudaram a criar o seu projecto. Só por isso, vale a pena ver o filme, que merecia ser um bocadinho melhor. Quanto muito para provar que com força de vontade se consegue ir mais longe e criar uma longa metragem razoável.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
Fúria Sangrenta & A Fortaleza dos Imortais
Há 10 horas
Este filme deve, no mínimo, entreter. Acho que vou conferi-lo.
ResponderEliminarÉ um daqueles filmes que poderia ter ido mais longe. Mas foi feito com poucos meios e sem subsídios, o que por si só já lhe dá algum valor.
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