Como referi no último post, tive oportunidade de ver «Avatar», aquele que é sem sombra de dúvidas um dos filmes mais aguardados do ano. E de facto o filme é muito bom do ponto de vista técnico e dos efeitos especiais. James Cameron conseguiu levar o espectador ao planeta Pandora, que está no centro da acção, tal como há uns anos Peter Jackson nos levou à Terra Média de Tolkien. Só por esta razão já vale a pena investir para ir ver o filme, de preferência numa sala com projecção 3D.
Mas infelizmente, os efeitos especiais não são tudo num filme. E «Avatar» peca por não ser tão forte no argumento como é na vertente técnica. É pena, porque o regresso de James Cameron merecia melhor. Talvez o facto de não ter optado por uma grande figura no papel principal (Sam Worthington) não ajude muito. Mas mesmo os secundários de luxo, como Sigourney Weaver, Giovanni Ribisi ou Michelle Rodriguez, para focar os mais conhecidos, não estão ao seu melhor nível. Mas gostei da presença de Sigourney Weaver.
Em «Avatar» James Cameron conta-nos a história de Jake Sully, um marine paraplégico que decide participar numa missão anteriormente desempenhada pelo seu irmão, um cientista que morreu no planeta Pandora. É em Pandora que se desenrola a acção do filme, durante a missão de Jake Sully (Sam Worthington)no programa Avatar, que permite aos humanos serem uma criatura com genes humanos e da tribo Navi, corpo esse que foi criado para poderem respirar o ar do planeta.
Paralelamente a esta missão de descoberta da vida de Pandora e dos Navi, uma grande empresa está no planeta com o objectivo de explorar um minério bastante valioso no planeta Terra. O problema acontece quando descobrem que uma grande fonte desse minério está debaixo de uma aldeia dos Navi e decidem encontrá-la a todo o custo, recorrendo a força militar. Pelo meio Jake é aliciado, na sua condição de Avatar, a tornar-se amigo dos indígenas para um outro fim que não a simples investigação dos seus hábitos: afastar a população Navi em troca de umas pernas novas.
E não vale a pena contar mais para não estragar a história, que de facto merecia ser melhor. Algumas pessoas que também já viram o filme e com quem já falei dizem-me que de facto o importante de «Avatar» são mesmo os efeitos especiais. Eu nestes aspectos ainda sou tradicionalista, gosto de uma verdadeira história. E a nível de efeitos podemos comparar este filme à trilogia do «Senhor dos Anéis», que considero estar bem mais conseguida precisamente por ter uma grande história por detrás.
De qualquer maneira, recomendo muito ver este filme a quem gosta de cinema. Sobretudo para os adeptos dos filmes de acção e efeitos especiais não irão de certo ficar defraudados.
Nota: 3/5
Site oficial do filme
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Há 9 horas
Pessoalmente, gostei bastante do filme, em todos os níveis.
ResponderEliminarApesar da história simples e clássica, Cameron consegue tratá-la de excelente forma, como muito não conseguiriam (atenção, não é um excelente argumento mas tem momentos originais e muito bem conseguidos). A nível técnico, é um verdadeiro prodígio, conseguindo dar-nos a sensação de estarmos a fazer uma viajem a Pandora (a profundidade da tecnologia 3D está fantástica). E gostei do elenco: Sam Worthington promete e Sigourney Weaver, novamente filmada por Cameron, fez-me lembrar Ripley, trocando armas pela ciência.
Foi uma verdadeira experiência :)
Cumprimentos,
Hélder Almeida