O Livro: Antes de se tornar o revolucionário que todos conhecemos, Che Guevara era um jovem argentino oriundo de uma família de classe média. Na altura um estudante de Medicina, o jovem Ernesto Guevara e o seu amigo Alberto Granado, recentemente falecido em Cuba, partiram numa viagem para atravessar a América do Sul a bordo da Poderosa II, a mota utilizada como meio de transporte para a travessia, mas que acaba por chegar apenas a Santiago do Chile. Durante cerca de nove meses esta travessia, que começou na Argentina e terminou na Venezuela, os dois jovens vão tomando consciência de uma realidade que desconheciam e acabaria por moldar a sua visão do mundo. «Viagem Pela América» é o diário escrito por Che Guevara sobre esses dias, com comentários sobre os diversos episódios que vão acontecendo aos dois e histórias das pessoas que vão encontrando em países como o Chile, Peru, Brasil e Colômbia. As descrições de uma comunidade de leprosos, que na altura viviam isolados, ou o relato das condições de vida dos mineiros chilenos, representam uma imagem diferente da habitual. Há quem considere estes diários de Che Guevara como as bases para as suas ideias revolucionárias, que acabaram tragicamente na Bolívia, depois de ter acompanhado Fidel Castro em Cuba. Sem sombra de dúvida, chegando ao fim desta «Viagem Pela América» conseguimos ver a evolução do argentino.
O Filme: Em 2004 o brasileiro Walter Salles realiza a adaptação do périplo de iniciação de Che Guevara em «Diários de Motocicleta». Num dos mais belos filmes da primeira década do século XX, com belas imagens da América do Sul, o realizador brasileiro conseguiu permanecer fiel ao original e leva-nos a acompanhar os dois aventureiros como se fossemos mais um dos membros da viagem. Para os papéis principais foram escolhidos o mexicano Gael García Bernal (Che Guevara) e o argentino Rodrigo de la Serna (Alberto Granado). No mesmo ano foi lançado um documentário, realizado pelo italiano Gianni Minà, que é um making of de «Diários de Motocicleta» que conta com a participação de Alberto Granado, na altura com 82 anos de idade. O filme de Walter Salles conquistou um Óscar (Melhor Canção Original) e recebeu uma nomeação (Melhor Argumento Adaptado).
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